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    Homenagem às mulheres cientistas
    Autor: Redação - SindSaúde-SP
    12/02/2021

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    Desde 2015, celebra-se no dia 11 de fevereiro o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência. A data foi instituída pela Assembleia Geral das Nações Unidas com o objetivo de aumentar a conscientização sobre o papel das mulheres na Ciência e, também, para lembrar as questões de gênero. No mundo todo, a participação feminina nesse campo não chega a 30%. Ou seja, ainda há um longo caminho a avançar.

    Para celebrar a data neste ano, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) escolheu o tema “Mulheres cientistas na linha de frente da luta contra a Covid-19”.

    A pandemia de Covid-19 tem demonstrado o papel fundamental das mulheres pesquisadoras em diferentes estágios da luta contra a doença.

    Butantan

    Cientistas brasileiras têm dando um show na pandemia! Algumas estão à frente das principais pesquisas para entender melhor a dinâmica do coronavírus e também no desenvolvimento de vacinas.

    No Instituto Butantan, um dos maiores centros de pesquisa e produção de imunobiológicos do Brasil, e que desenvolveu a vacina Coronavac, 71% de seu corpo científico é formado por mulheres.

    A predominância de mulheres no Butantan deve-se, principalmente, ao acesso crescente do gênero feminino à educação superior nas últimas décadas. Além disso, as áreas de estudos no instituto – ciências biológicas e da saúde – têm tradicionalmente atraído muito mais pessoas do sexo feminino que do masculino.

    O Centro de Desenvolvimento e Inovação do Butantan é dirigido por uma mulher, a pesquisadora Ana Marisa Chudzinski.

    Das 99 especialistas do Instituto Butantan, 43 estão no nível 6, que é o mais alto da carreira científica.

    Fiocruz

    Outra importante instituição brasileira, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é presidida por uma mulher, a socióloga Nísia Trindade Lima, que está à frente da entidade desde 2017.

    Mas quem brilhou mesmo ao longo deste ano, devido ao seu poder de comunicação, foi a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcolmo, de 65 anos.

    Ao longo da pandemia, Margareth participou de incontáveis entrevistas e lives, ajudando a informar a população de maneira bastante clara, contribuindo para iluminar o negacionismo frente à pandemia.

    Outras esferas

    Nas universidades públicas, as mulheres também vêm ganhando mais espaço. Em 2019, 60% do total de bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) eram mulheres.

    O papel feminino tem sido muito forte nas áreas de nutrição, biologia celular e fisiologia.

    No entanto, apesar dos avanços, pesquisas já mostraram que em áreas como física, química, matemática e até mesmo filosofia, a presença de mulheres ainda é pequena, pois elas têm de enfrentar um machismo muito grande nesses campos.

    História

    Ao longo da história, são incontáveis as mulheres que serviram de escada para que um homem brilhasse. Quando falamos de computadores, nomes como Bill Gates e Steve Jobs vêm à mente, mas quem está por trás dessa invenção que revolucionou a vida de todos nós é uma mulher. Trata-se da matemática inglesa Grace Hopper. Ela inventou, no começo do século passado, o primeiro software que funcionou como tradutor entre humanos e computadores.

    Em 1889, a inventora americana Letitia Mumford Geer patenteou o modelo de seringa usado nos dias de hoje, o modelo que aplica substâncias por meio de um pistão.

    Não podemos nos esquecer da polonesa Marie Curie, ganhadora de dois prêmios Nobel (de física e química) por suas pesquisas em radioatividade, descoberta muito importante para o tratamento radioterápico contra o câncer.

    Aqui no Brasil, temos a psiquiatra Nise da Silveira, que revolucionou o tratamento mental no início do século passado. Alagoana nascida em 15 de fevereiro de 1905, Nise foi retratada no cinema no filme “O coração da loucura”, sendo interpretada pela atriz Glória Pires.

    Negras

    Se para mulheres brancas a jornada é difícil, imagine para as negras. Que elas possam ter mais acesso à educação e mais espaço na Ciência também.

    Que os muros da desigualdade de gênero continuem sendo derrubados para que mais mulheres possam ocupar espaços até então restritos aos homens.


     [EC1]










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