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    Denúncias por excesso de trabalho crescem 4.205% com home office
    Autor: SindSaúdeSP
    29/07/2021

    Crédito Imagem: SindSaúdeSP

    Boa parte dos setores público e privado adotou o trabalho remoto durante a pandemia, a fim de evitar a disseminação do coronavírus entre seus funcionários. No entanto, o home office trouxe um agravante, que é a dificuldade de delimitar a jornada e a quantidade de tarefas a serem cumpridas. Tanto que cresceram em 4.205% as denúncias por excesso de trabalho e aumento da jornada durante a pandemia por parte daqueles que estão trabalhando de casa.

     

    Outro aspecto é que, com a pandemia, ficou difícil delimitar a rotina de trabalho com a vida privada em um mesmo ambiente, somada à facilidade tecnológica, como o WhatsApp. A sensação de estar o tempo todo à disposição da chefia fez com que muitos trabalhadores(as) acabassem trabalhando mais, conforme das denúncias feitas ao Ministério Público do Trabalho (MPT). E muitos empregadores se aproveitaram do momento.

     

    Segundo levantamento feito pelo MPT, no ano passado foram feitas 1.679 denúncias de excesso de jornada e trabalho. Do começo de 2021 até agora, foram recebidas 762 reclamações nesse sentido.

     

    Trabalhadoras(es) também acusaram seus empregadores de tentar burlar a lei, tentando transformar celetistas em autônomos.

     

    Aumento das denúncias

    Conforme dados do MPT, quase não houve denúncias sobre home office entre 2018 e 2019. Mas, em 2020, quando vários governadores decretaram quarentena, esse tipo de trabalho explodiu.

     

    Para o supervisor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Victor Pagani, os números representam um aumento “absurdo”.

     

     “No início da pandemia, as pessoas com comorbidades reclamavam das empresas que tinham condições, mas não colocavam os trabalhadores em home office. Depois, as denúncias mudaram e foram sobre excesso de jornada e sobrecarga. Os trabalhadores aumentaram as tarefas, metas, sem as condições adequadas. Os maus empregadores se aproveitaram da pandemia para transferir a responsabilidade e qualidade das condições de trabalho, além dos custos”, explicou, na coluna do Dieese no “Jornal Brasil Atual”.

     

    No total, durante a pandemia 8,3 milhões de trabalhadoras e trabalhadores brasileiros foram colocados para trabalhar em casa, o que trouxe aumento de atribuições.

     

    Falta de estrutura

    As trabalhadoras e trabalhadores também apontaram falta de estrutura para trabalhar em casa.

     

    Conforme as denúncias feitas ao MPT, há empregadores que não pagam pelo uso da internet, nem energia elétrica. Além disso, não oferecem equipamentos como mesas, cadeiras, computadores, e todo tipo de material de escritório.

     

    O supervisor do Dieese também apontou a falta de controle sobre o pagamento de horas extras e compensação de banco de horas, o que são medidas ilegais.

     

    Com informações da Rede Brasil Atual.

    Crédito imagem: Rede Brasil Atual

     










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