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    Tráfico humano vitimiza mais as mulheres; pandemia facilita aliciamento pela internet
    Autor: SINDSAÚDE-SP
    23/09/2021

    Crédito Imagem: SINDSAÚDE-SP

    As vítimas do crime de tráfico humano – a maioria delas mulheres - são destinadas à prostituição, mas também para o comércio de órgãos, ao trabalho escravo em latifúndios, pecuária, oficinas de costura e construção civil. Para conscientizar e combater esse crime tão perverso, o dia 23 de setembro foi instituído como o Dia Internacional Contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças.

     

    A data foi criada em 23 de setembro de 1999 pelas nações participantes da Conferência Mundial de Coligação contra o Tráfico de Mulheres, inspiradas pelo exemplo da Argentina, que, no mesmo dia e mês do ano 1913, promulgou a Lei Palácios para punir quem promovesse ou facilitasse esse tipo de crime contra mulheres e crianças.

     

    Enquadra-se no crime de tráfico de pessoas o “recrutamento, transporte, transferência, alojamento ou acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração”.

     

    Por sua vez, a exploração incluirá, por exemplo, “a exploração da prostituição de outrem ou outras formas de exploração sexual, o trabalho ou serviços forçados, escravatura ou práticas similares à escravatura, à servidão ou à remoção de órgãos”, conforme Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional.

     

    Pandemia

     

    Conforme dados do relatório Tráfico Humano de 2021, da Organização das Nações Unidas (ONU), abrangendo a situação de 188 países, a pandemia de Covid-19 criou condições para o aumento do tráfico humano e exploração sexual dos mais vulneráveis em todo o mundo. Por outro lado, a redução de recursos destinados para o combate a esse tipo crime impediu a aferição correta de dados.

     

    Em 2020, de acordo com o documento, 109.216 pessoas foram vítimas de tráfico humano em todo o mundo, sendo 14.500 delas destinadas para o trabalho escravo. Esse número é menor que o de 2019, quando foram registradas 119.000 vítimas.

     

    Mas a pandemia acendeu o alerta vermelho para os crimes cibernéticos, que permitem aos criminosos usarem a internet para aliciar pessoas, principalmente as desempregadas.

     

    Segundo a ONU, o tráfico humano é o terceiro negócio ilícito mais rentável do mundo. À frente estão o tráfico de drogas e o de armas.

     

    Denúncia

     

    Indivíduos que são ou foram vítimas ou aqueles que são testemunhas do crime de tráfico humano podem denunciar pelos telefones 100 ou 180 – neste último caso, se a vítima for mulher.

     

    A ligação é gratuita e as linhas estão disponíveis todos os dias, incluindo sábados, domingos e feriados, 24 horas por dia.

     










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