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    Trabalhadores(as) do Emílio Ribas exigem contratações por concurso público e protestam contra terceirização do equipamento
    Autor: Redação - SindSaúde-SP
    18/10/2021

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    As trabalhadoras e os trabalhadores do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER) realizaram uma manifestação em frente ao hospital, na última sexta-feira (15), como forma de protesto pelo governo do estado negar a abertura de concurso para sanar o problema de falta de profissionais para atuar no equipamento. Segundo os trabalhadores, há um déficit de pelo menos 258 profissionais no instituto de diversas áreas.

     

    O ato foi organizado pela Associação dos Médicos Residentes do IIER, com o apoio do SindSaúde-SP, que foi representado pelo coordenador da região do quarteirão, Rubens da Silva, e pelo delegado sindical de base, Eli Teodoro de Oliveira; da Associação dos Médicos do IIER; do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), devido a recusa por parte secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, em 29 de setembro, de novas contratações.

     

    Durante o ato, os trabalhadores também denunciaram os graves problemas enfrentados no equipamento, que presta um atendimento especializado. Como é de praxe do governo estadual, primeiro sucateia o serviço, para depois privatizar. Com o IIER não está sendo diferente, parte do hospital foi terceirizada para a organização social Associação para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM).

     

    O temor pela terceirização por parte dos trabalhadores ficou iminente com a proximidade da entrega de uma obra faraônica no equipamento, que já dura 7 anos. “Em 2022 teremos dois cenários com potencial catastrófico: a obra longeva chegará ao fim com a abertura de 78 leitos, ao mesmo tempo que a SPDM diminui a sua atuação, já que a pandemia está chegando ao fim e não há mais necessidade de tantos leitos de Covid-19. Dessa forma, se já não há recursos humanos para fazer o hospital funcionar, como os atendimentos ficarão diante da retomada de leitos?”, questiona Wladimir Queiroz, diretor clínico do hospital.

     

    Queiroz ainda explica que se corre o risco de perder o Emílio Ribas para terceirizações por organizações sociais, o que vai afetar, e muito, a qualidade do serviço, além de comprometer também a produção de conhecimento e de recursos humanos para o Sistema Único de Saúde (SUS). “O hospital é uma instituição centenária que teve um protagonismo em todas as epidemias que São Paulo enfrentou, inclusive de Covid-19, além de ser um serviço que gera recursos humanos para o SUS, formando médicos infectologistas para o Brasil inteiro, além do principal: prestar um serviço altamente especializado para a população”.

     

    A falta de profissionais Emílio Ribas é uma pauta antiga, como já denunciado pelo SindSaúde-SP, mesmo antes do início da pandemia de covid-19 (leia mais aqui).










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