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    Mesmo com greve suspensa, profissionais de saúde mantêm ato nesta 4ª feira, às 15h
    Autor: SINDSAÚDE-SP
    19/01/2022

    Crédito Imagem: SINDSAÚDE-SP

    Após decisão judicial em benefício da Prefeitura de São Paulo, os médicos da atenção básica da capital paulista desistiram de realizar greve, marcada para esta quarta-feira (19), mas mantiveram o Ato pela Saúde de Todos!, que acontecerá às 15h, em frente à sede da prefeitura (Viaduto do Chá, 15, Centro de São Paulo).

     

    O SindSaúde-SP é um dos signatários da carta manifesto (para ler a íntegra do documento, clique aqui), por entender que o momento exige mobilização no sentido de chamar a atenção da Secretaria Municipal de Saúde e da população. Com o aumento de casos de Covid-19, os profissionais de saúde da atenção básica tem sofrido com falta de insumos, jornadas extenuantes e a falta de contratação de trabalhadores para substituir aqueles que se afastam por adoecimento.

     

    Ontem (18), a Justiça concedeu liminar (decisão judicial em caráter de urgência) à Prefeitura de São Paulo, suspendendo a paralisação de médicos da atenção básica da capital paulista, marcara para acontecer esta quarta-feira.

     

    O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) elaborou uma nota a respeito do assunto, a qual pode ser lida abaixo:

     

    Nota sobre a ação de dissídio da paralisação das médicas e médicos da Atenção Primária

     

    O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), entidade representativa da categoria médica do estado de São Paulo, anuncia a suspensão da paralisação das médicas e médicos da Atenção Primária atuantes nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital do dia 19 de janeiro, enquanto participa da mediação na justiça. A suspensão da paralisação foi deliberada pelos mais de 200 profissionais presentes na Assembleia Geral Extraordinária convocada para terça-feira, 18 de janeiro, que mantiveram o estado de mobilização permanente e a realização do ato dos trabalhadores da saúde para amanhã (19), em frente à Prefeitura de São Paulo, com início da concentração às 15h.

     

    O Simesp e a categoria entendem que a ação da Prefeitura e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) foi arbitrária e um cerceamento do direito de greve. Até o presente momento, o Sindicato não foi indiciado oficialmente, sendo notificado da decisão liminar do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo através da imprensa. Aliás, esse tem sido o modo de agir da Prefeitura e da SMS desde o anúncio do indicativo de paralisação, que ignora tentativas de diálogo e acordos, enquanto divulga inverdades contra os trabalhadores e se usa da Justiça para impedir a mobilização. Se antes foi exposto o descaso do poder público, hoje se escancara que o secretário municipal de saúde e o prefeito são contra a população e os trabalhadores que lutam por melhorias na saúde para todos.

     

    A suspensão da paralisação foi aceita tão somente pela possibilidade de abertura de negociação das reivindicações das médicas e médicos atuantes nas UBS, sob intervenção do Ministério Público, conforme a liminar. A data para audiência de conciliação, 27 de janeiro de 2022, foi considerada pela assembleia um prazo exagerado e incompatível com o aumento dos casos de Covid-19 e sobrecarga dos equipamentos de saúde e de seus trabalhadores. Medidas urgentes devem ser tomadas! Como o veto à paralisação pode ser decidido em menos de 24h e a contratação de profissionais deve aguardar mais de 1 semana? Sobre a celeridade para negociação, o presidente do Simesp, Victor Dourado, alertou em assembleia para o colapso do sistema de saúde. “As medidas não podem ser para daqui 1 ou 2 meses, tem que ser tomadas agora!” Deste modo, o Sindicato solicitará o adiantamento da audiência.

     

    Por fim, houve consenso na assembleia de que a mobilização dos trabalhadores da APS está sendo muito frutífera. Imediatamente após o anúncio do indicativo de paralisação, a categoria conquistou o pagamento das horas extras. O anúncio das 700 contratações pela SMS, apesar de não se destinarem às UBS, são fruto inequívoco desta mobilização. Os profissionais das UBS visitaram diversas unidades e conversaram com colegas de todas as categorias, que apoiam a mobilização. Apesar do que se divulga e da tentativa de virar os usuários contra as médicas e médicos, a paralisação foi compreendida pela população como fundamental pela superação das precárias condições de atendimento a que estão sujeitos. A categoria também obteve apoio de inúmeras entidades médicas, movimentos populares, conselhos de saúde e sindicatos, que estão convocando suas próprias assembleias e constroem o ato do dia 19.

     

    Participem do ato!










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