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    Pandemia eleva consumo de bebida alcoólica no mundo. Brasileiro supera marca mundial
    Autor: SindSaúde-SP
    21/02/2022

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    Ontem (20) foi o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), desde que a pandemia de Covid-19 teve início, em março de 2020, o consumo per capita (por pessoa) de álcool cresceu consideravelmente no mundo todo. No Brasil, a situação não é diferente e é até mesmo preocupante.

     

    O brasileiro tem consumido cerca de 8 litros de bebida alcoólica por ano, enquanto o índice médio mundial para pessoas acima de 15 anos é de 6,4 litro anualmente. Foram avaliados 194 países.

     

    O alcoolismo, assim como o vício em outras drogas, é considerado uma doença e os especialistas divergem sobre se há mesmo doses seguras, ou seja, que não provoquem danos físicos e neurológicos. Além disso, o alcoolismo e as drogas ditas ilícitas provocam danos sociais e, também, econômicos.

     

    Diferentemente das demais drogas, o álcool é socialmente aceito e a ansiedade gerada pela pandemia, que trancou as pessoas dentro de casa, além de ter feito outras tantas perderam emprego, casa e renda, fez com que as pessoas procurassem no álcool uma válvula de escape para suas angústias.

     

    O alcoolismo contribui com mais de 300 mil mortes anuais nas Américas – a maioria (64%) de pessoas com menos de 60 anos - e o consumo excessivo dessas bebidas está associado a mais de 200 problemas de saúde, além de provocar acidentes rodoviários, suicídios e atos violentos.

     

    Américas

     

    Se fizermos um recorte nas Américas, a situação do Brasil é ainda pior. Uma pesquisa feita pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em 33 países e dois territórios das Américas apontou que 42% dos entrevistados no Brasil relataram alto consumo de álcool durante a pandemia.

     

    O estudo, de 2020, teve a participação de 23 mil pessoas maiores de 18 anos, e foi realizado por meio de questionários on-line, respondidos entre maio e junho daquele ano.

     

    O Brasil teve o maior número de entrevistados, representando 30,8% da amostra total (3.799 pessoas).

     

    Entre os mais jovens e com maior poder aquisitivo a situação foi considerada pior. A maioria deles disse consumir mais de 60 gramas de álcool puro (cerca de cinco bebidas alcoólicas padrão) em pelo menos uma ocasião ao longo de 30 dias antes da enquete.

     

    Aqueles com quadros graves de ansiedade tiveram 73% maior frequência de consumo que os demais.

     

    Apesar disso, nenhum dos que relataram consumo mais pesado de álcool disse ter procurado ajuda. Uma pequena parcela informou que estava tentando parar por conta própria.

     

    Peça ajuda!

     

    Não há enquetes recentes abordando especificamente a situação dos profissionais de saúde em relação ao consumo de álcool. Mas um estudo de 2017, feito por pesquisadores de universidades distintas, já apontava consumo considerável de álcool e tabaco por profissionais de saúde, com alta prevalência principalmente entre trabalhadores(as) da enfermagem. Mais da metade dos técnicos em enfermagem disseram tomar acima de duas doses diárias de bebida alcoólica (para ver o estudo, clique aqui).

     

    Se você tem notado que o álcool tem feito parte em muitos momentos de sua vida, peça ajuda! Pensar em bebida alcoólica várias vezes por dia pode ser um sinal de alerta.

     

    Há diversos serviços gratuitos nos quais você pode buscar ajuda. Confira abaixo:

     

    - Alcoólicos Anônimos: https://www.aa.org.br/

    - Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (Proad): http://www.proad.unifesp.br/apresenta.htm

    - Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas: https://www.saude.sp.gov.br/cratod-centro-de-referencia-de-alcool-tabaco-e-outras-drogas/

     

     










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