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    Doenças respiratórias contribuem para aumento de óbitos de idosos acima dos 80 anos em 2022
    Autor: SINDSAÚDE-SP
    30/03/2022

    Crédito Imagem: SINDSAÚDE-SP

    Entre janeiro e fevereiro, o Sistema de Registro Civil registrou 84,2 mil óbitos de idosos a partir dos 80 anos de causas naturais (excluem assassinatos, suicídios e acidentes), número 13,9% superior ao que foi registrado no mesmo período em 2021. Esse incremento ocorreu, principalmente, devido ao aumento no número de mortes por doenças respiratórias, em muitos casos como consequência da Covid-19 e da gripe. Os dados são de reportagem publicada nesta quarta-feira (30) no portal de notícias “UOL”.

     

    No começo deste ano, o Brasil viveu, além da pandemia de Covid-19, uma endemia de gripe. No primeiro bimestre do ano, foram apontadas pelos cartórios 84.251 mortes de idosos acima dos 80 anos, ante 73.950 em 2021 e 61.644 em 2020.

     

    Em relação à Covid-19, foram apontadas 13,4 mil das mortes registradas entre janeiro e fevereiro deste ano, mas não há dados específicos sobre a gripe. Contudo, chamam a atenção nos registros os indicadores de mortes provocadas por doenças respiratórias, que tiveram as maiores altas este ano.

     

    Somente as pneumonias mataram 62% mais idosos naquela faixa etária nos primeiros dois meses deste ano. Por sua vez, a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) saltou 56%.

     

    Causa mortis

    Especialistas ouvidos por reportagem do “UOL” disseram que os números indicam claramente os efeitos da Covid e da gripe, ao mesmo tempo que indicam subnotificação de casos de Covid-19.

     

    Por exemplo: as mortes registradas por SRAG, septicemia (que é a infecção generalizada), pneumonia e insuficiência respiratória são as chamadas causas secundárias de óbitos, ou seja, ocorrem em decorrência de uma patologia principal (como Covid ou influenza, por exemplo). Sendo assim, na falta da confirmação do causador original da doença, os médicos atestam somente a causa secundária como responsável pelo óbito.

     

    "O excesso de pneumonia em 2022 poderia ser atribuído à Covid ou à H3N2, por exemplo", explicou o epidemiologista Antônio Lima Neto, professor da Universidade de Fortaleza com pós-doutorado na Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard (EUA).

     

    O médico explicou que a gripe e a Covid-19 causam pneumonia e, também, facilitam a colonização bacteriana que gera a septicemia. "Ou seja, em tese existiu uma subnotificação maior [em 2022] da doença causadora", afirmou.

     

    Com informações do UOL










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