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    Trabalhadores(as) reivindicam diálogo com a SES no processo de encerramento das atividades do Centro Pioneiro
    Autor: Redação SindSaúde-SP
    23/05/2022

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    As trabalhadoras e os trabalhadores da saúde estadual do Centro Pioneiro em Atenção Psicossocial (CPAP) "AJJE", localizado na cidade de Franco da Rocha, protestaram nesta segunda-feira (23), por conta da falta de esclarecimentos por parte do governo estadual em relação ao futuro de suas atividades profissionais.

     

    O CPAP passa por um processo de desinstitucionalização dos pacientes desde 2016 e dentro desse período de quase seis anos, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) não se preocupou em tratar dignamente os 203 profissionais que ali atuam, deixando-os sem saber até agora, se serão transferidos ou não para outros equipamentos, quando faltam apenas alguns dias para o encerramento do serviço,

     

    Durante o ato, os manifestantes cobraram respostas da Secretaria da Saúde (SES) e criticaram o fato de o governo ter investido na reforma da Fazenda São Roque, onde fica o CPAP, sendo que havia o projeto de sua desativação.

     

    “Eu queria saber por que reformaram a Fazenda São Roque? Pra deixar tudo largado sem mais nem menos?”, indagou umas das trabalhadoras que estava protestando, que destacou o alto custo da obra para os cofres públicos.

     

    Além das incertezas quanto à rotina de trabalho, que pode impactar em grande mudança nas vidas desses trabalhadores, a presidenta do SindSaúde-SP, Cleonice Ribeiro, destacou os diversos ataques por parte do governo estadual contra as trabalhadoras e os trabalhadores do serviço público.

     

    “Já não basta todo desgaste que sofremos no dia a dia, com falta de condições de trabalho, com salários baixos, a desvalorização profissional e adoecimento dos trabalhadores e trabalhadoras que estão sobrecarregados, vem o governador Rodrigo Garcia e anuncia que os trabalhadores sairão do Centro Pioneiros sem dar grandes explicações”, afirmou Cleonice durante o ato e completou: “Não é justo que pessoas que se dedicam a salvar vidas, sejam tratadas dessa forma.”

     

    A presidenta do SindSaúde-SP explicou que os trabalhadores e as trabalhadoras querem a garantia de ter a opção de escolha, que pode ser: ficar no mesmo local ou definir para qual serviço serão transferidos.

     

    Outro trabalhador do Centro Pioneiros, que participou do ato, reforçou que os profissionais devem aguardar as negociações do SindSaúde-SP antes de assinarem possíveis transferências. “O Sindicato está lutando e tem assessoria jurídica para nos ajudar. Então, não aceitem nenhum tipo de assédio ou ameaça de que ficaremos por último na fila de escolha, até porque já somos os últimos da fila, a saúde está abandonada pelo governo. Aguardem”, solicitou aos seus companheiros.

     

    O SindSaúde-SP vem cobrando um posicionamento do governo há vários meses. Em reunião com a Coordenadoria de Recursos Humanos (CRH) da SES, o Sindicato cobrou e propôs a permanência dos profissionais no Centro Pioneiros até que haja uma “definição concreta” negociada com o Sindicato e a CRH acatou a solicitação.

     

    “Hoje, a sociedade nos trata como heróis e com aplausos, mas o governo do estado tem virado as costas para nós trabalhadores e, para piorar a situação, mantém a política de sucateamentos dos equipamentos públicos para justificar a privatização dos serviços”, concluiu Cleonice. 

     

    O ato foi organizado pelos trabalhadores com o apoio do SindSaúde-SP, por meio do diretor da região Oeste I, José Carlos Salvador, e da presidenta do Sindicato, Cleonice Ribeiro.

     

     










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