Sindicato unido e forte
desde 1989


    Resistência das Margaridas
    Autor: Maria Aparecida de Deus Ribeiro Alves, Cidinha
    12/08/2019

    As mulheres do SindSaúde-SP estarão na Marcha das Margaridas 2019

    Cerca 100 mil mulheres com seus chapéus de palha estão em marcha a Brasília. Trabalhadoras do campo, da floresta, das águas, de todos os cantos do país irão tomar a capital federal durante os dias 13 e 14 de agosto para resistir aos retrocessos sociais, exigir o fim do racismo e da violência contra as mulheres, além de defender os direitos humanos e o meio ambiente.

    Uma comitiva de margaridas do SindSaúde-SP estará entre essas mulheres para dar apoio às camponesas, que marcham a cada 4 anos desde o ano 2000, em memória da companheira camponesa Margarida Maria Alves, liderança assassinada por defender os direitos de trabalhadoras e trabalhadores rurais.

    Muitas delas mães, guerreiras, arrimos de família, que vão protestar este ano contra a liberação desmedida de agrotóxicos, que contaminam não só nosso alimento, mas também o solo e rios. A Marcha da Margaridas maior ação de mulheres da América Latina será o momento de que vamos mais uma vez ao centro do poder para propor e cobrar políticas públicas para as trabalhadoras de todo o país que vivem nas cidades, nas periferias, nos campos, nas florestas e nas águas. 

    Além disso, vamos gritar: Não à Reforma da Previdência! Para que ecoe nossa indignação à proposta do governo que vai levar a população mais pobre à miséria. Essa reforma que acaba com a Seguridade Social e com a aposentadoria dos brasileiros, se for aprovada, vai reduzir o valor dos benefícios das aposentadorias; pode reduzir em até 40% a pensão de viúvas e viúvos; e deixará de pagar abono salarial (PIS/Pasep) a 13 milhões de brasileiros que ganham até dois salários mínimos. 



    E nós, trabalhadoras e trabalhadores do serviço público estadual, que ficamos de fora da PEC 6, de 2019, não podemos nos deixar enganar, pois a reforma vai desconstitucionalizar as regras sobre a Previdência Social. Isso significa que, se a reforma da Previdência for aprovada pelo Senado (próxima etapa de votação), ficará mais fácil para o governo alterar ainda mais as regras para aposentadoria, inclusive, em relação à previdência dos trabalhadores do serviço público estadual e municipal.



    Por isso, precisamos unir
    forças contra a perda de direitos, contra envenenamento de nossa população e solo, e em defesa do direito à aposentadoria. 

    Somos todas margaridas!

    *Maria Aparecida de Deus Ribeiro Alves, a Cidinha,  é secretária de Mulheres do SindSaúde-SP, pela gestão 2019-2021.