Sindicato unido e forte
desde 1989


    21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher
    Autor: Maria Ap. de Deus – sec. da Mulher Trabalhadora
    22/11/2021

     

     

     

    É inegável que houve avanços no combate à violência contra a mulher no Brasil, por meio da implementação de leis sobre o tema, principalmente a Lei Maria da Penha, considerado um marco nesse sentido. Não podemos nos esquecer que isso é resultado de muitas lutas e ativismo das mulheres, assim como de ações desenvolvidas por grupos e organizações da sociedade civil, com o objetivo de promover a igualdade de gênero e o enfrentamento de todas as formas de violência. Por outro, é preciso lembrar que existe muito ainda a ser feito e que esse movimento deve continuar.

     

    Falar sobre violência psicológica é sempre difícil, porém, necessário. Difícil pela ausência de dados concretos em razão da subnotificação, embora a Lei Maria da Penha já a defina como uma forma de violência contra a mulher; necessário porque é um tipo de violência perversa, que corrói a autoestima, e é perpetrada de forma oculta. Por isso, a mulher, muitas vezes, nem se dá conta de que está sendo vítima desse tipo de violência.

     

    Arrisco dizer que a violência psicológica é o crime que mais afeta as mulheres. É por meio dela que o ciclo de violência se inicia, produzindo intimidação, inferiorização, autodesvalorização, sentimento de culpa e sofrimento. Ela é geralmente o gatilho pelo qual o ciclo evolui, passando para a agressão física, sexual e, em alguns casos, culminando no feminicídio.

     

    Combater a violência contra a mulher tem sido uma luta constante, haja vista que, apesar do avanço da legislação e de todas as ações perpetradas objetivando estancar e diminuir a violência contra a mulher, ainda é crescente a escalada do número de feminicídios e de outras formas de violência no Brasil.

     

    Segundo dados do Fórum Nacional de Segurança Pública, em 2020, houve um caso de feminicídio a cada seis horas, cujas vítimas eram 61,08% mulheres negras, 36,5% brancas, 0,9% amarelas e 0,9% indígenas.

     

    Campanha 21 Dias

     

    Diante desse contexto, é cada vez mais importante incentivar a sociedade, incluindo os homens, a se engajarem nessa luta.

     

    A campanha “21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher” é uma

    campanha Internacional, que começa em 25 de Novembro, “Dia Internacional pelo Fim da Violência Contra a Mulher”, e vai até o dia 10 de Dezembro, "Dia Internacional dos Direitos Humanos", visando trazer o tema à discussão.

     

    No Brasil, o prazo da campanha foi ampliado para "21 Dias de Ativismo", que teve início no último sábado, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, pois está provado estatisticamente que as mulheres negras estão mais vulneráveis e são mais afetadas pela violência de gênero que as mulheres brancas.

     

    A campanha envolve vários grupos da sociedade civil organizada, além de instituições públicas e privadas no mundo inteiro, com o objetivo de promover a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres, visando erradicar os índices desta violência.

     

    O Sindsaude-SP, por meio da Secretaria da Mulher Trabalhadora, está sempre atuante em defesa de todas as mulheres, principalmente das profissionais de saúde.

     

    Só seremos livres quando todas nós estivermos livres também.

     

    Serviço

     

    Caso você seja vítima de violência ou testemunhe uma mulher, menina ou transgênero ser vítima de qualquer forma de violência, disque 190 (Polícia Militar) ou 180 (Central de Atendimento à Mulher).

     

    NÃO SE CALEM, DENUNCIEM!

     

    Juntos somos mais fortes!