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    Contra a terceirização da saúde, cortejo fúnebre pela Paulista
    Autor: SINDSAÚDE-SP
    06/10/2009

    Crédito Imagem:

    Criatividade, ironia e bom humor foram as marcas do Ato contra a terceirização da saúde no estado na manhã de sexta-feira, 2/10. Cerca de 500 representantes dos trabalhadores da saúde de diversas regiões do estado, sob a direção do SindSaúde-SP, encenaram um cortejo fúnebre - o sepultamento do SUS/SP – em plena avenida Paulista, cartão postal da cidade.

    Maquiagem, caracterização e organização dos personagens foram feitas ao ar livre na concentração do Ato, na calçada do canteiro central da avenida Paulista, esquina com a rua Bela Cintra. De lá, todos seguiram pelas calçadas até o prédio da TV Gazeta.

    Os participantes se dividiram em dois grupos. O primeiro, vestindo preto, representava as viúvas e os órfãos do SUS, liderado por uma viúva alegre, a morte e dois grandes bonecos com a cara do Serra, levava um caixão preto de papelão cuja tampa trazia a inscrição SUS e carregava placas identificando os 55 deputados que votaram a favor do projeto PLC 62/08 que possibilita a expansão da terceirização da saúde no estado.

    Outro grupo seguia caracterizado como usuários e trabalhadores do SUS/SP. Enfaixados, manchados com tinta vermelha simulando sangue, maquiados com ferimentos feitos de massa, muletas, distribuíam uma carta aberta à população denunciando a tentativa do Governo do Estado de acabar com a saúde pública em São Paulo.

    A performance durou cerca de três horas. O percurso em linha reta é de 3.000 metros, porém tornou-se mais longo sob sol forte e pela mudança de calçada em alguns semáforos. Foi um verdadeiro calvário e atingiu seu objetivo. Chamou a atenção das pessoas que paravam para ver a manifestação, recebiam e liam a carta aberta.

    A trilha sonora foi outro diferencial. Foram selecionados trechos de marchas fúnebres, como a de Chopin, para o cortejo.

    A ousadia e a organização do Ato também impressionaram parceiros do SindSaúde-SP na luta em defesa do SUS, como o deputado estadual Adriano Diogo (PT), um dos 17 deputados que votaram contra o PLC 62/08; a vereadora da cidade de São Paulo Juliana Cardoso (PT), o presidente da CUT/SP Adi Lima, a diretora da CNTSS e ex-presidente do SindSaúde-SP Célia Regina Costa, o diretor do Sindicato dos Médicos, Antonio Carlos Cruz Junior e o advogado do SindSaúde-SP Inácio Pereira.

    O PLC 62/08, de autoria do governador José Serra, foi votado na Alesp em 26 de setembro e sancionado (lei complementar nº 1.095) em 18/09, possibilitando a expansão da terceirização dos hospitais e laboratórios públicos através da transferência da gestão para entidades privadas, cadastradas como Organização Social de Saúde (OSS). A terceirização da saúde significa a precarização do trabalho público na saúde e do atendimento ao usuário.

    Enquanto o Governo do Estado tenta destruir a rede estadual de saúde, o SindSaúde-SP se mantém firme na defesa do SUS, denunciando o desmonte da saúde em São Paulo à imprensa, à justiça e à população em geral por meio de manifestações, como a realizada na avenida Paulista.

    Dessa forma, estará presente na Caravana Estadual em Defesa do SUS, quinta-feira, 8/10, a partir das 8h30 na Assembléia Legislativa de São Paulo.
Carta Aberta.pdf

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