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    Os afetados pelo fechamento das farmácias públicas pela gestão Dória
    Autor: Jornalistas Livres
    03/04/2017

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    O prefeito Dória e seu secretário Wilson Pollara tem como missão atual fechar as farmácias municipais e passar a distribuição gratuita de medicamentos para a iniciativa privada, atualmente a distribuição dos medicamentos é feita pelas farmácias localizadas nas Unidade Básica de Saúde (UBS) e  Assistência Médica Ambulatorial (AMA).
     
    O discurso utilizado por Dória e e seu secretário Wilson Pollara é que o sistema atual não funciona, tem alto custo, problemas logísticos e existem faltas frequentes de medicamentos, sendo assim, a solução é passar a distribuição para as redes privadas que tem o conhecimento necessário para executar essa tarefa perfeitamente. Doria e Pollara querem que as grandes redes Drogaraia, Drogasil, Drogaria São Paulo e Onofre cuidem da distribuição dos medicamentos. Em entrevista, Pollara diz “Nós não conseguimos entregar remédio nas Unidades Básicas de Saúde. É impossível competir com a rede logística das farmácias (privadas).”, nesta mesma matéria são citadas as grandes redes novamente.
     
    Em postagem no Facebook Dória escreve:
     
    […]o Programa Remédio Rápido, que fará com que as receitas sejam emitidas nas UBSs e a retirada dos remédios seja feita nas grandes redes de farmácias espalhadas pela cidade, com mais agilidade e praticidade. Já fizemos reuniões com vários grupos de empresas da área e, felizmente, a aderência tem sido surpreendentemente positiva.[…]
     
    É de se estranhar essa postura de Dória, pois, se existe um problema de distribuição é necessário identificá-lo e resolvê-lo ao invés de simplesmente passar a distribuição para as redes privadas. Inclusive essa a opinião da promotora Dora Strilicherk ao investigar a falta de remédios na rede pública em 2016.
     
    “[…]há mais problema de gestão do que de falta de recursos nos dois sistemas.As farmácias informam órgãos centrais que haverá falta de medicação, mas a compra não é feita na velocidade adequada, diz a promotora.”Cabe a quem está acima hierarquicamente pegar essa informação e tomar a providência cabível. Se é sabido que se pode ter problemas com os prazos, é preciso planejar. Se comprar antes, não vai faltar”, diz Strilicherk.”
     
    Outro fato importante é que o Ministério Público enviou em Janeiro um ofício solicitando que”divulguem, em até 40 dias, quais medicamentos estão em falta(em cada unidade) e qual o prazo para que sejam repostos e voltem a ficar disponíveis para a população”. É curioso notar que a Secretaria Municipal de Saúde não tem sistematizado os medicamentos em falta e qual o prazo para repor mas sabe que a melhor saída é passar para a gestão privada essa responsabilidade. Em que dados Dória e Wilson Pollara se fundamentam?
     
    A partir do exposto, criei alguns mapas para analisar quem serão os principais afetados pelo fechamentos das farmácias e a transferência da distribuição dos medicamentos para a rede privada.
     
    Nos mapas utilizei as três maiores redes privadas de farmácias em São Paulo, que são Drogaria São Paulo, Drogasil e Drogaraia, todas são tratadas como uma grande rede privada nos mapas. Já na rede pública estão unificadas as UBS e as AMAS. O endereço das farmácias foram obtidos a partir do site delas e os da UBS e AMAS do portal Geosampa da prefeitura, depois cada endereço foi transformado em um ponto no mapa.
     

    Veja a reportagem completa em: https://jornalistaslivres.org/2017/03/os-afetados-pelo-fechamento-das-farmacias-publicas-pela-gestao-doria/

     










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