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    Agredido por PM, Mateus da Silva recebe apoio de estudantes no hospital
    Autor: UNE
    05/05/2017

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    Vigília em solidariedade ao estudante de Ciências Políticas da UFG é também forma de protesto e repúdio contra a violência policial

    O estudante de Ciências Políticas da Universidade Federal de Goiás (UFG), Mateus Ferreira da Silva, covardemente agredido por um policial militar durante as manifestações realizadas durante a Greve Geral na última sexta-feira, 28 de abril, tem recebido a solidariedade de amigos e estudantes que permanecem em vigília na porta do hospital Hugo, em Goiânia.

    Mateus segue internado na unidade de terapia intensiva (UTI) em estado grave, porém estável e sem risco de morte, como informou o último boletim médico divulgado na tarde desta terça-feira (2/5).

    ”Ontem ele fez hemodiálise e ficamos com medo, mas os médicos informaram que era um procedimento necessário para que os órgãos não ficassem sobrecarregados. Hoje houve uma melhora e estamos muito felizes por isso”, explicou ao site da UNE Mariana Salone, estudante de Engenharia Civil e amiga próxima de Mateus.

    A agressão cometida pelo capitão da polícia militar goiana Augusto Sampaio foi tão forte que atingiu o cérebro e chegou a partir o cassetete ao meio. O capitão foi afastado das ruas e aguarda agora o andamento do inquérito policial sobre o caso.

    Para Mariana, é urgente a desmilitarização da polícia.

    ”A polícia militar brasileira é uma das que mais mata no mundo. É muita violência, por isso devemos falar sobre a desmilitarização. Qualquer um que assistir aos vídeos que circulam pelas redes pode ver que Mateus não intimidava ninguém. Ele estava apenas defendendo seus direitos. Queremos que o policial pague por este crime que não pode passar batido de jeito nenhum”, falou.

    ENTENDA

    Mateus, que se mudou de São Paulo para Goiânia para cursar Ciências Sociais na UFG, foi agredido na cabeça com um cassetete, durante as manifestações contras reformas da previdência e trabalhista, no centro de Goiânia, no último dia 28 (sexta-feira). Um vídeo mostra em detalhes o momento em que ele leva o golpe no rosto. Fotos também registraram a agressão.

    Amigo de Mateus, o estudante de Economia Leandro Pereira conta que o caso abalou a comunidade acadêmica da UFG. ”Ele é um guerreiro. Estamos todos abalados, porém confiantes. Ele estava apenas se manifestando, lutando por um país melhor. Vamos conversar com a reitoria e pedir que as aulas sejam suspensas para que mais pessoas possam permanecer em vigília. Pretendemos ficar aqui até que ele saia do hospital e possamos continuar na luta para transformar a sociedade”, disse.

    A presidenta da UNE Carina Vitral lamentou a ação da polícia.

    ”Essa repressão desproporcional tem que acabar. Todos nós devemos ter o nosso direito de se manifestar garantido, longe desse tipo de conduta violenta. Mateus é um de nós. Um estudante que sonha com um país livre de injustiças e é por isso que seguiremos lutando sempre”, declarou.









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