Sindicato unido e forte
desde 1989


    Assembléia propõe grande manifestação
    Autor: SINDSAÚDE-SP
    20/06/2005

    Crédito Imagem:

    Os trabalhadores públicos da saúde no estado de São Paulo realizaram assembléia geral na manhã de sexta-feira, 17 de junho, em frente à Secretaria Estadual da Saúde (SES).
    Durante a assembléia, uma comissão, formada por dirigentes do Sindsaúde-SP, representantes de trabalhadores da saúde e pelos parlamentares Carlos Neder (PT), Jamil Murad (PC do B) e Roberto Gouveia (PT), solicitou audiência com o secretário estadual da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, sobre as reivindicações da categoria.
    Enquanto a comissão estava em reunião, os 1.500 trabalhadores presentes à assembléia decidiram realizar uma animada passeata em torno do quarteirão do Hospital das Clínicas, divulgando a luta por salário digno e condições de trabalho bem como expondo o descaso do governador com a saúde pública estadual.
    A passeata saiu da avenida Dr. Enéas de Carvalho Aguiar e percorreu parte da Rua Teodoro Sampaio, avenidas Dr. Arnaldo e Rebouças, retornando à avenida Dr. Enéas e finalizando em frente à SES.
    Em seguida, foi reiniciada a assembléia com informes da reunião. Como o secretário Barradas estava fora do país, em viagem ao Canadá, o secretário em exercício, Nilson Ferraz Paschoa, chefe de gabinete, recebeu a comissão. Disse não ter autorização da Casa Civil para falar em índice de reajuste salarial ou prazo para anunciar a medida, mas reafirmou que neste ano haverá reajuste.
    Com a política do atual governo estadual, há mais de 10 anos no poder, de privatização dos bens públicos, aumentos de taxas e impostos, redução do quadro de pessoal que atende diretamente a população e arrocho salarial, neste ano esse governo teve de admitir que há recursos para conceder reajuste salarial, um direito de todo o trabalhador. Porém passados meio ano, ainda não anunciou o índice, desgastando as relações com os trabalhadores públicos e, conseqüentemente, prejudicando o atendimento à população.
    No ano passado, o governador dizia que não concederia reajuste porque o estado não tinha recursos. Após 45 dias de greve, os trabalhadores da saúde conquistaram um reajuste médio de 12%. Neste ano, ficou comprovado que realmente havia dinheiro, tanto que ainda sobrou na conta salário de pessoal da saúde R$ 105 milhões. Isso daria para conceder um bônus de R$ 1 mil para cada um dos 89 mil trabalhadores públicos da saúde.
    E o governador diz que se orgulha de sua administração: a população sofre a espera de atendimento; os trabalhadores da saúde sofrem com os baixos salários, a falta de condições de trabalho e o assédio moral; e o governador nem usa os recursos disponíveis para minimizar o sofrimento dessas pessoas. E ainda propagandeia que isso é respeito pelas pessoas.
    Diante desse cenário e da mobilização dos trabalhadores públicos, a assembléia deliberou:
    1. Construção, junto com outras categorias do funcionalismo públicos estadual, de uma manifestação de protesto para acontecer no início de julho.
    2. Reunião do Comando de Mobilização para avaliar o movimento em todo o estado e deliberar estratégias da campanha salarial, em meados de julho.
    3. Realização da próxima assembléia geral no início de agosto.
    Enquanto isso, continuam as atividades de divulgação da pauta de reivindicações e exposição do descaso do governador em todas as regiões do estado.









Ao clicar em enviar estou ciente e assumo a responsabilidade em NÃO ofender, discriminar, difamar ou qualquer outro assunto do gênero nos meus comentários no site do SindSaúde-SP.
Cadastre-se









Sim Não