Preparem a Greve: PL 920 congela investimento e emenda não garante aumento

Em reunião realizada nesta quarta-feira, 22, na Assembleia Legislativa (Alesp) o SindSaúde-SP reiterou sua posição pela retirada do PL 920/2017. Conhecido como “PL da Morte”, o projeto de lei foi encaminhado pelo governo Alckmin e prevê o congelamento dos investimentos públicos. Rechaçado por todo funcionalismo o projeto também desagrada a base do governador na Alesp.

A reunião contou com a participação de centrais sindicais, sindicatos e entidades de representação de trabalhadores (as), além do líder do governo na Assembleia Legislativa, Barros Munhoz, o deputado Coronel Telhada (PSDB) e deputado Coronel Camilo (PSD), todos da base de Alckmin.

Durante a reunião, Barros Munhoz apresentou o projeto com as mudanças por meio de uma emenda aglutinativa. A mudança no texto apesar de ser um avanço, não garante reajuste salarial, apenas não impede o governo. É importante ressaltar que nos últimos 3 anos, o governo Alckmin poderia e não concedeu reajuste para os trabalhadores (as) da saúde.

Mesmo com a alteração no projeto o funcionalismo cobrou dos deputados apoio aos servidores públicos e pediram a retirada do PL 920, que prejudica o serviço público e a população.

 

O PL 920 não tem agradado diversos deputados da base aliada do governo, principalmente os que são próximos ao funcionalismo público. O próprio líder do governo, Barros Munhoz, já se posicionou inúmeras vezes contra o projeto. “É a maior burrice que já vi na minha vida. Um verdadeiro tapa na cara de quem já está sofrendo há três anos sem aumento de salário”, disse o líder em audiência realizada na Alesp. Outros deputados da base como o Coronel Telhada (PSDB) e Coronel Camilo (PSD), também criticaram fortemente o PL.

 

Os mais de 3 anos sem reajuste salarial tem esgotado a paciência do servidor público do estado. Como se não bastasse as percas no salário, justamente no mês do servidor o governo Alckmin afrontou a categoria encaminhando o PL 920 para Alesp, buscando congelar investimentos. No último dia 10 (novembro), o funcionalismo entregou a pauta com as reivindicações para o governo, após mobilização em frente ao Palácio dos Bandeirantes. Na reunião de ontem, os sindicatos reiterarão que se Alckmin não enviar uma proposta de reajuste o serviço público do estado de São Paulo vai parar.