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    Nota de repúdio à postura do deputado Arthur do Val
    Autor: SindSaúde-SP
    05/12/2019

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    O Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde-SP) repudia à postura do deputado Arthur do Val (sem partido), conhecido como "mamãe falei", que usou diversas palavras ofensivas e encenações obscenas contra as trabalhadoras e os trabalhadores do serviço público e contra as deputadas e os deputados de oposição.
     
    Nós trabalhadoras e trabalhadores da saúde, que estávamos presentes na sessão da última quarta-feira (4), na Alesp, nos sentimos extremamente ofendidos e consideramos o episódio inadmissível. Nos dedicamos durante toda nossa vida ao serviço público para atender a população, mesmo sem insumos básicos.
     
    Quantas vezes tivemos que pegar baleados na porta do pronto-socorro sem luvas, correndo risco de contaminação, porque não havia esse material na unidade? Quantas vezes tivemos que fazer curativos sem gases ou até mesmo um simples soro para lavar um ferimento?
     
    Nós que trabalhamos adoecidos, pois sabemos de nossas responsabilidades, porque não tem um profissional que possa nos substituir, já que o governo do estado, que está há décadas nas mãos do PSDB, não abre concursos públicos, não aceitamos ser chamados de “vagabundos”, como tal deputado falou.
     
    Ninguém deveria ser chamado dessa forma. Ocupamos o plenário exercendo nosso direito como cidadãos e em defesa de nossa aposentadoria.
     
    Essa reforma praticamente acaba com a aposentadoria especial, que beneficia quem trabalha exposto à riscos químicos, biológicos e físicos, como o pessoal da saúde. Imaginem só, um radiologista ficar exposto por 40 anos à radiação ou uma auxiliar de enfermagem, com 61 anos, tendo que dar banho em um paciente com dificuldade de mobilidade e obeso? É um absurdo prolongar o tempo de exposição a esses fatores. Afeta à saúde dos trabalhadores e da população que depende desse atendimento.
     
    Se aprovada, a Reforma da Previdência impõe idade mínima de 60 anos para ambos os sexos e exige 25 anos de tempo de contribuição em ambiente insalubre, sendo que desse período, 20 anos precisam ser no serviço público para quem já está na ativa. Na regra atual, não há exigência de idade mínima, apenas o tempo de contribuição de 25 anos para ambos os sexos, sendo 10 deles no serviço público e 5 no cargo em que for concedida a aposentadoria.
     
    Essas mudanças afetam enfermeiras e enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, médicas e médicos, e demais categorias de trabalhadores, que atuam diariamente sob pressão, lidando com a vida e a morte, que atendem à demanda da população que está carente de assistência. São esses profissionais que muitas vezes sofrem violência devido aos problemas do Sistema Único de Saúde (SUS), que está subfinanciado.
     
    Somos trabalhadoras e trabalhadores públicos da saúde, somos cidadãos, pagamos nossos impostos e merecemos respeito!









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