O governador do estado de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) demonstra, mais uma vez, seu total descaso com a saúde pública e veta o projeto de lei que instituía uma política estadual de proteção e combate ao HPV (Papilomavírus Humano). Entre as ações estava previsto a vacinação anual nas escolas, com objetivo de elevar a taxa de imunização dos grupos de meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. 

A vacina contra HPV, previne entre outras coisas o câncer de colo de útero, que segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o terceiro tipo de câncer de maior incidência entre as mulheres. Ainda segundo o instituto, estima-se que este ano mais de 17 mil mulheres podem desenvolver novos casos da doença em todo o Brasil. 

O projeto que foi aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em 8 de agosto, e previa também estabelecer a conscientização da importância da imunização, diagnóstico e tratamento das doenças causadas pelo vírus. 

Para o Sindicato o veto do governador reafirma a atitude negacionista do ex-presidente inelegível, Jair Bolsonaro, que foi responsável por um desserviço à população brasileira ao disseminar um discurso contra a ciência, o que influenciou milhares de pessoas a não se imunizarem. A postura de Tarcísio, assim como de seu líder, é um ataque brutal à saúde pública.

Não para por aí!
Na última segunda-feira (18), Tarcísio de Freitas vetou outro Projeto de Lei, que foi aprovado por unanimidade pela Assembleia. O texto previa o fornecimento gratuito de fones antirruídos para minimizar incômodo sofrido pelas pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que ficam estressadas e irritadas ao serem expostas à ambientes com ruídos, sons altos e barulhos.