Novamente, trabalhadores da saúde são alvos de ataques no país. Dessa vez, o Brasil testemunhou o assassinato dos médicos ortopedistas Marcos de Andrade Corsato, Diego Ralf Bomfim e Perseu Ribeiro Almeida, assassinados na madrugada desta quinta-feira (5) em um quiosque na Praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Eles estavam reunidos em frente ao hotel onde iriam participar do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo quando foram alvejados. Segundo a polícia, pelo menos 20 tiros foram disparados contra os profissionais, que também estavam acompanhados do médico Daniel Sonnewend Proença, encaminhado ao hospital com ferimentos.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirma que o crime tem fortes indícios de ser uma execução, pela característica das ações dos criminosos que descem do carro em direção às vítimas, sem que houvesse anúncio de assalto e sem levar nenhum dos pertences dos médicos.

Diego Ralf Bomfim era irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL), mesmo partido da vereadora Marielle Franco, também executada em 2018. O ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal também acompanhe as investigações, pois levanta a hipótese de que o crime tenha relação com a atuação de Sâmia e de seu companheiro, Glauber Braga, também deputado federal pelo PSOL. 

Marcos de Andrade Corsato era médico assistente no Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e Diego Ralf Bomfim e Perseu Ribeiro Almeida foram residentes no instituto.

O SindSaúde-SP tem como uma de suas premissas o fim da cultura de ódio e da violência, por isso, para além de cobrar a solução do caso e a punição dos culpados, o sindicato defende políticas públicas de segurança capazes de garantir a defesa de quem vive para promover a saúde e salvar vidas. 

O SindSaúde-SP se solidariza com os familiares dos profissionais por tamanha perda.

Marcos, Diego, Perseu, presentes!