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    Concurso público, salário e combate à privatização serão prioridades para o SindSaúde-SP
    Autor: Redação SindSaúde-SP
    05/01/2024

    Crédito Imagem: Redação SindSaúde-SP

    O ano de 2024 será curto para o movimento sindical que negocia em âmbito estadual ou municipal. Devido às eleições que ocorrerão em 6 de outubro no país todo, muitos parlamentares, prefeitos e governadores estarão empenhados em fortalecer os candidatos e candidatas e isso afetará as negociações com o funcionalismo.

    Por conta desse cenário, o SindSaúde-SP prevê uma campanha salarial mais curta, que deve terminar antes do primeiro semestre. Porém, com pautas que não podem mais ser ignoradas.

    Enquanto em 2023, a pressão sobre o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) resultou em 6,5% de aumento, avanços no Prêmio de Incentivo e a garantia de Bonificação por Resultado, neste ano, a prioridade, além da questão salarial, é o investimento na ampliação do setor com a realização de contratações.

    Em entrevista, a presidenta do SindSaúde-SP, Cleonice Ribeiro, destaca quais as prioridades do sindicato e as expectativas para avançar em negociações já definidas com o atual governo.

    Mesmo sem alcançar tudo que pleiteou, o SindSaúde-SP conquistou avanços importantes em 2023. Quais serão as prioridades na luta em 2024?
    Redação SindSaúde-SP – Esse será um ano difícil porque é curto, teremos uma campanha salarial muito rápida, que deve fechar até maio, porque temos eleições. Será uma luta difícil, também porque teremos o pleito dentro do sindicato. Este é meu último ano de mandato e vamos construir para que alguém certamente à altura da nossa história e trabalho assuma o sindicato após essas gestões em que dei de mim o melhor.

    Com base nas negociações que ocorreram no primeiro ano do governo Tarcísio de Freitas, quais as expectativas para a campanha salarial?
    A partir da experiência que tivemos e do que discutimos, iremos focar no aumento real, na elevação do vale refeição, na reestruturação do Prêmio de Incentivo e na implementação das 30 horas das autarquias também para as trabalhadoras e trabalhadores que atuavam na extinta Sucen (Superintendência de Controle de Endemias).

    Também iremos reivindicar a concessão de cesta-básica para todos, a exemplo dos trabalhadores da Sucen, que estão na administração direta e tiveram o direito garantido, e a regulamentação do banco de horas para o administrativo.

    Esses são algumas das reivindicações que levaremos à mesa de negociação. Para além desses pontos, temos um outro aspecto fundamental que é a abertura de concursos públicos.

    Isso já foi abordado com o governo? Como a gestão Tarcísio tem se posicionado sobre isso?
    Concurso público será prioridade na negociação. Precisamos bater o pé e sermos muito firmes nessa questão, porque o quadro do funcionalismo está muito defasado, temos vários problemas para resolver. No Hospital Geral de Taipas, por exemplo, temos uma maternidade com um só obstetra. Desde o Natal, essa mulher está cuidando de pacientes, mas de qual forma, se não tem outro médico para ajudar? A sobrecarga de trabalho é imensa. Claro que vamos bater na questão salarial, do tíquete, que já está meio que conversado, prometeram aumento para este ano, mas ainda não temos isso fechado, porém, a realização de concursos é essencial para nossa qualidade de vida.

    Paralelo a isso, temos as nossas lutas históricas, de combate ao racismo, em defesa da igualdade de gênero e da regularização das trabalhadoras e trabalhadores da Sucen, que desde o fim da autarquia sofrem com o corte de direitos.

    Sabemos, porém que não será uma luta fácil. O governo Tarcísio é bolsonarista, tem visão privatista, tanto é que está acelerando privatizações e na saúde todo dia um hospital é entregue às Organizações Sociais (OSs). Mas sabemos que a união da categoria fará a diferença.  










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