IAMSPE fica! Luta em defesa do patrimônio público reúne servidores em São Paulo
    Autor: Redação SindSaúde-SP
    25/04/2024



    A Rua Borges Lagoa, em frente ao Ambulatório do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), amanheceu fechada nesta quinta-feira (25), quando lideranças sindicais, trabalhadoras e trabalhadores impediram a passagem de veículos para protestar contra o sucateamento e a entrega do patrimônio público na área da saúde pelo governo de São Paulo. 

    O ato organizado por integrantes da Comissão Consultiva Mista (CCM), que inclui o SindSaúde-SP, reuniu também parlamentares paulistas para defender a suspenção da venda do terreno onde está o Prédio da Administração do Instituto de Assistência Médica ao Servidores Público Estadual (Iamspe), o fim das privatizações que prejudicam o atendimento à população, a defesa do conselho participativo paritário e fiscal e a cobrança pela aplicação de 3% de contrapartida do governo do estado no Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (IAMSPE). 

    Atualmente, contratados por meio de concurso público, o IAMSPE conta com mais de 3 mil profissionais. Porém, há setores como o pronto-socorro, a limpeza e a segurança totalmente terceirizados e isso tem impactado diretamente na qualidade dos serviços, como filas de espera de até 8 horas para atendimento. 

    Para reverter esse cenário, o SindSaúde-SP cobrou durante o ato a abertura de concurso público para recomposição do quadro funcional, o pagamento da bonificação por resultados, a equiparação do valor da Gratificação pelo Desempenho e Apoio à Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Gdamspe) ao do Prêmio de Incentivo e o fim do corte de direitos dos trabalhadores do instituto.

    Presidenta do sindicato, Cleonice Ribeiro, lembrou que além do IAMSPE, os hospitais de Taipas, Vila Penteado e regional de Barueri, também estão na mira do governo, que tem entregado à gestão das Organizações Sociais, muitas delas acusadas de envolvimento com casso de corrupção e até mesmo com o crime organizado. 

    Cleonice destacou ainda que, por intermédio da deputada estadual professora Bebel (PT), presente no ato, há uma reunião sendo negociada com o governo para tratar da gestão do IAMSPE, para a qual serão levadas outras reivindicações além da paralisação do processo de venda do prédio da administração, patrimônio do funcionalismo. 

    “As companheiras e companheiros aqui do IAMSPE não tem direito sequer de ter PI (prêmio de incentivo) como tem no estado, o que tem é GDAMSPE, que é uma miséria e está congelado desde 2014. Não temos negociação com esse governo e se não há ajuda dos deputados da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), não conseguimos avançar. Dinheiro tem, basta que parem de jogar nas privatizações e privilegiar os empresários”, criticou. 

    Secretária de Assuntos Jurídicos do SindSaúde-SP, Regina Bueno, ressaltou que a principal cobrança é sobre o pagamento da contrapartida do governo para financiamento do complexo. Mas que a pauta não para por aí. 

    “O governo deveria dar a contrapartida dele dos 3% e 2% que é o que o funcionalismo do estado faz todos os meses em seu desconto de holerith. Com esse investimento, teríamos condições de acabar com essa precariedade com a qual convivemos há anos, que resulta na falta de trabalhadores em todas as funções: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais, fonoaudiólogos, imprescindíveis para o tratamento dos nossos pacientes. Vivemos um caos também no pronto-socorro terceirizado”, alerta.