Quase metade do Congresso Nacional votou contra os interesses dos(as) trabalhadores(as), aponta o Diap
    Autor: Redação SindSaúde-SP
    15/08/2022



    Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), 49,6% dos(as) deputados(as) federais e senadores votaram contra as propostas de interesse da sociedade e dos trabalhadores e trabalhadoras.

     

    Muitos dos parlamentares que sempre votam contra o povo são candidatos este ano à Presidência da República ou aos governos dos estados, ao Senado, à Câmara dos Deputados ou Assembleias Legislativas.

     

    De acordo com o levantamento, dos 594 parlamentares – sendo 513 deputados e 81 senadores - analisados, 295 votaram contra todas as propostas de interesse da classe trabalhadora. Votaram a favor dos trabalhadores, 129 parlamentares (21,7%), principalmente, os de oposição ao governo federal.

     

    O SindSaúde-SP destaca a importância desse levantamento realizado pelo Diap, tendo em vista que os(as) deputados(as) e senadores têm papel fundamental na aprovação e na rejeição dos projetos que podem mudar completamente a vida do povo brasileiro, como aconteceu com a aprovação da Reforma Trabalhista e Previdenciária, que cortaram direitos e estão levando a população à miséria.

     

    Então, para não ter dúvida na hora de escolher quem vai te representar no Congresso Nacional, o Diap criou a plataforma “Quem foi Quem no Congresso Nacional”, que pode ser acessada pelo site: https://www.quemfoiquem.org.br/, onde é possível saber como cada deputado e senador votou nas propostas de interesse da sociedade, especialmente do trabalhador.

     

    É importante ressaltar que, em alguns casos, ao pesquisador o nome do parlamentar, o eleitor não vai encontrar nenhum registro. Isto porque existem dois critérios, as de votações inicialmente favoráveis e as contrárias, mas existem as votações informativas que não têm posicionamento. Também fica em branco se no período do mandato do parlamentar ele não votou nenhuma matéria de mérito.

     

    Para a escolha das votações, o Diap utilizou cinco critérios:

     

    1) a importância da matéria sob os pontos de vistas político, econômico e/ou social;

     

    2) o registro nominal do voto de cada parlamentar, excetuando as de forma simbólica quando não há registro do voto por tratarem de matérias consensuais ou em função de manobras regimentais;

     

    3) o grau de disputa entre oposição e situação, exigindo-se em cada votação uma oposição superior a 20% da Casa do Congresso, no caso da Câmara com divergência superior a 100 votos;

     

    4) o aspecto temporal das propostas de leis submetidas para votação pelos parlamentares com vigência permanente ou temporária das políticas públicas;

     

    5) a clareza do dispositivo votado em relação ao objetivo pretendido, de modo a não deixar margens para dúvidas sobre o conteúdo da votação.

     

    O universo de temas é abrangente, indo desde votações de interesse direto e imediato dos trabalhadores, passando por deliberações sobre temas de interesse geral, como mudanças estruturais que impactem o papel do Estado e marcos regulatórios específicos como de meio ambiente, fiscal e econômico, dentre outros.

     

    Com informações da CUT