Proposta de Alckmin garante menor reajuste para trabalhadores da saúde
Autor: Assessoria de Imprensa - SindSaúde-SP
04/01/2018
Crédito Imagem: SindSaúde-SP
Proposta é de 7% para os professores, policiais receberiam 4% e trabalhadores da saúde apenas 3,5%
Nesta quinta-feira o governador Geraldo Alckmin anunciou em coletiva de imprensa uma proposta de reajuste salarial para o funcionalismo público do estado. O projeto será encaminhado para ALESP (Assembleia Legislativa) e prevê reajuste diferente para algumas categorias. A proposta é de 3,5% a todas as categorias do funcionalismo público estadual, com exceção dos polícias (4%) e os professores (7%).
O reajuste é anunciado após forte pressão do funcionalismo público, que no fim do ano passado se mobilizou para barrar o PL 920/2017. Com a aprovação do PL pelos deputados estaduais os trabalhadores (as) do Estado de São Paulo ameaçaram uma greve unificada para o ano de 2018.
De acordo com o governo, o Projeto de Lei do reajuste estabelece o mesmo percentual de 3,5% para os servidores da administração direta e autárquica do Estado, além de um decreto que autoriza o aumento de 50% no “vale coxinha” que antes era de apenas 8 reais.
O reajuste para o trabalhador (a) da saúde
De acordo com ICV Dieese, o percentual de perdas salariais somadas para os trabalhadores (as) da saúde pública chega a 43,78%, (de março 2012 a dezembro de 2017). A proposta do governo Alckmin é de reajustar o salário em apenas 3,5%.
De acordo o diretor de imprensa do SindSaúde, Jorge Alexandre Senna, essa é apenas uma proposta do governo que será debate com a categoria. “Ainda não temos o projeto então algumas informações ainda estão confusas. O governo está nos enforcando por anos, deixa quatro, cinco anos sem reajuste e no último ano de mandato concede o menor índice para os trabalhadores (as) da saúde. Ele anuncia reajuste em ano eleitoral e dias antes do aumento da tarifa no transporte coletivo”, declarou.
A direção do SindSaúde-SP ainda aguarda o Projeto Lei do reajuste para verificar o detalhamento da proposta.
AngeloDAgostini |
04/01/2018 |
Se calcular as perdas pela inflação desde setembro de 2015 até agora o percentual é aproximadamente 22%. Mesmo valor que os Secretários de Estado, inclusive o da Saúde, tiveram de aumento salárial neste período (18% em 2015 e 3,5% agora). Deveríamos pedir no minimo 22% agora e retroativo.
Com relação aos professores, é pouco, mas estão de parabéns, pois estiveram muito mais presentes nas ruas e greves.