Trabalhadores do Hospital Geral de Taipas farão protesto contra terceirização da unidade nesta terça (18)
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    Trabalhadores do Hospital Geral de Taipas farão protesto contra terceirização da unidade nesta terça (18)
    Autor: Redação SindSaúde-SP
    17/08/2020

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    Amanhã (18), a partir das 10h, as trabalhadoras e os trabalhadores da Saúde, organizados pelo SindSaúde-SP, farão um ato em frente ao Hospital Geral de Taipas (Av. Elisio Teixeira Leite, 6999, Parada de Taipas - São Paulo - SP), que está na lista das unidades que serão terceirizadas pelo Governo Doria.
     
    Os trabalhadores também denunciam o descaso do governo com o funcionalismo e protestam contra o corte da insalubridade, principalmente, neste momento que todos que estão na ativa estão expostos aos riscos da Covid-19, independentemente, do setor no qual atuam.
     
    O SindSaúde-SP orienta que todos os manifestantes usem máscara, álcool em gel para higienizar as mãos e que mantenham a distância física, conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).  
     
    Política de terceirização
    As terceirizações das unidades da administração direta, infelizmente, não são novidade. Durante o mês de junho desse ano, os trabalhadores de diversas unidades fizeram um grande protesto contra o desmonte da saúde promovido pelo governo do estado, que está aproveitando o momento da Pandemia de Covid-19 para terceirizar os serviços em diversas regiões do estado.
     
    Na capital, o Hospital de Guaianases foi entregue à organização social Santa Marcelina e todos os trabalhadores do serviço estão sendo remanejados de seus postos, sem que haja o devido diálogo com os profissionais ou negociação com o Sindicato.
     
    Os trabalhadores da Farmácia de Alto Custo de Mogi das Cruzes, que atende as 11 cidades da região do Alto Tietê, foi entregue a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM). Inicialmente, os trabalhadores que seriam transferidos para o Hospital Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti, que fica na mesma cidade, não teriam perda salarial, mas poucos dias depois, as chefias entregaram uma ficha de transferência definitiva e os trabalhadores tiveram a informação que perderiam o adicional de insalubridade, que em seu grau máximo chega a R$ 712,53, valor significativo para quem não recebe aumento real há cerca de duas décadas.
     
    Ainda na região do Alto Tietê, o pronto-socorro do Hospital Regional de Ferraz de Vasconcelos também está sendo terceirizado e passará a ser gerido pela Santa Casa de Birigui.
     
    Na capital, temos o caso do pronto-socorro do Conjunto Hospital do Mandaqui, que ficou fechado para reformas por cerca de 6 meses e pouco antes da reabertura os trabalhadores foram informados que a Santa Casa de Birigui também iria assumir a gestão do setor.
     
    Para o SindSaúde-SP, o Governo do Estado de São Paulo está aproveitando o momento da pandemia para colocar em prática sua política privatista, usando os casos de Covid-19 como desculpa para passar a gestão para organizações sociais. Um dos argumentos é que seria uma forma de fazer contratações de emergência, mas é importante dizer que o Sindicato já alertava a necessidade de novas contratações por meio de concursos públicos para resolver a sobrecarga de trabalho.
     
    “Para se ter uma ideia, em 2018, já tínhamos um déficit de 66 mil trabalhadores da saúde e mesmo assim, o governo se negou a fazer novos grandes concursos. Então, a falta de profissionais na rede não é novidade para o governo”, alerta Cleonice Ribeiro, presidenta do SindSaSaúde-SP e completou: “Não é de hoje que os trabalhadores da saúde atuam sobrecarregados e muitas vezes doentes. E não é de hoje que os serviços estão sendo sucateados, sem investimentos em infraestrutura, reformas dos prédios ou até manutenção dos equipamentos.”
     
    E agora, depois de décadas de dedicação ao serviço, o governo está descartando os trabalhadores que passaram a vida se dedicando a cuidar dos outros e nesse momento de pandemia estão arriscando suas vidas e de suas famílias devido ao exercício profissional. “Agradecemos às palmas de toda a sociedade, mas também exigimos do governo do estado de São Paulo valorização salarial e respeito por todo trabalho que desenvolvemos, queremos continuar em nossos postos de trabalho”, finaliza a presidenta.









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