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    1ª Marcha a Brasília protesta contra omissão do Congresso
    Autor: SINDSAÚDE-SP
    24/05/2010

    Crédito Imagem:

    Às 14h30 da terça-feira (18), partiu da Sede do Sindsaude-SP, um ônibus organizado pelo Coletivo LGBT rumo à primeira I Marcha Nacional LGBT em Brasília. Dois mil quilômetros estavam à espera dos ativistas paulistas.

    Desde cedo, no dia 19, representantes de 237 organizações filiadas à Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) estiveram concentrados em frente à Catedral Metropolitana, na Esplanada dos Ministérios. A 1ª Marcha / 1º Grito Contra a Homofobia e pela Cidadania LGBT.

    A manifestação teve início com o Hino Nacional, cantado por Jane di Castro, em frente à Catedral Metropolitana de Brasília, e seguiu pela Esplanada dos Ministérios, liderada por travestis e transexuais, que demonstravam suas manifestações de luto pelas companheiras assassinadas. No local de encerramento, em frente ao congresso, foram afincadas no solo 198 cruzes, numa alusão ao número de LGBT assassinados no país em 2009, segundo levantamento realizado pelo Grupo Gay da Bahia.

    Demonstrações de afeto em público de casais do mesmo sexo, bandeiras do arco-íris de vários tamanhos, palavras de ordem e cartazes com mensagens de combate ao preconceito, à homofobia e à transfobia, assim como drag-queens marcaram o panorama da marcha, cuja intenção era chamar a atenção dos três poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, para decisões favoráveis à comunidade LGBT, como em relação às uniões homoafetivas e à mudança de nome de transexuais e travestis.

    Toni Reis, presidente da ABGLT, ressaltou ainda durante a manifestação a necessidade dos eleitores prestarem atenção aos parlamentares comprometidos com a causa na hora de escolher seu candidato, e não votarem em políticos com histórico de oposição aos direitos LGBT.
    Passaram pelo ato mais de uma dezena de parlamentares. A organização do evento convocou os manifestantes a não votarem em políticos homofóbicos. Também participou a ex-BBB Angélica (Morango), conhecida por assumir a lesbianidade em rede nacional e lutar contra a homofobia e o machismo dentro do programa. Elenita, que também participou do reality show, e marcou sua presença por opiniões fortes e inteligentes, também participou, assim como o jornalista e escritor gay Jean Wyllys, que ganhou o BBB5.
    Embaixo de um sol de 35ºC, o deputado federal José Genoino (PT-SP) foi o primeiro a falar no trio. "Não é a primeira vez que estou com vocês, estou sempre com o movimento gay", disse o deputado. Genoino disse estar lá porque acredita que a sociedade deve "respeitar e aceitar" a união civil, projeto de lei que o deputado defende no Congresso.
    No mesmo período, audiências foram concedidas à ABGLT por 14 dos 18 ministérios que compõem o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT. Foi uma oportunidade para averiguar a implementação do Plano, dialogar e pressionar para a plena implementação do mesmo.

    Cerca de três mil pessoas, segundo os organizadores, participaram da I Marcha colorindo a Esplanada dos Ministérios e reivindicando por direitos iguais em Brasília.

    Uma das principais reivindicações do ato foi pedir a aprovação imediata do PLC 122/06, projeto de lei que criminaliza toda discriminação, incluindo a homofobia, em trâmite no Congresso Nacional. Os manifestantes chegaram a vaiar, em frente ao congresso, os senadores Gerson Camata (PMDB-ES), Magno Malta (PR-ES) e Marcelo Crivella (PRB-RJ), que se opuseram declaradamente ao projeto de lei.

    Outras lutas e conquistas

    • Garantia do Estado Laico
    • Combate ao Fundamentalismo Religioso.
    • Cumprimento do Plano Nacional LGBT na sua totalidade.
    • Judiciário (STF): Decisão Favorável sobre União Estável entre casais homoafetivos, bem como a mudança de nome de pessoas transexuais.

    A coordenadora do Coletivo LGBT do Sindsaude-SP, Janete Santana, deseja que o PL 122 seja aprovado o mais rápido possível, sob pena de os homossexuais continuarem sendo vítimas de discriminação e, em casos mais graves, até de assassinatos. “A não aprovação desta lei significa a negação de 78 direitos a nós garantidos pela Constituição Federal de 1988. Não podemos permitir que isso aconteça”, diz a militante.

    Ainda segundo Janete, de acordo com números publicados pela imprensa, em 2009, a cada um dia e meio, um homossexual foi morto no Brasil. Neste ano, a situação já se agravou. A cada 24 horas uma pessoa é morta vítima de crime de homofobia, segundo a representante do Coletivo.

    Informe:
    O Coletivo LGBT do SindSaúde-SP informa que estão agendadas reuniões toda última sexta-feira de cada mês, às 10horas, na sede do Sindicato, rua Cardeal Arcoverde, 119 – Pinheiros (próximo Metrô Clínicas).

    Coletivo LGBT










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