Nós abaixo assinados, funcionários da Secretaria de Estado da Saúde, vimos denunciar a campanha de perseguição aos trabalhadores desencadeada pelo Governo do Estado de São Paulo.
Inebriado pela própria imagem, como Narciso, e isento de qualquer espírito público ou de respeito aos trabalhadores o Governo do Estado de São Paulo liberou seus gerentes e chefes para tratar seus trabalhadores como seres humanos de segunda classe. Nada expressa melhor esta posição do que a declaração de um de seus chefetes:

“Funcionário público tem que ser tratado na base do chicote”.

Autoritarismo assumido e praticado. Abertura de sindicâncias sem sentido, transferências, trabalhadores deixados no ostracismo, sem local de trabalho definido, atitudes discriminatórias as mais variadas. É este o clima de “respeito” criado pelo Governo do Estado de São Paulo nas diversas unidades da Secretaria da Saúde.

A esta disposição autoritária que afeta a todos os trabalhadores da saúde indistintamente, acresce-se outra: uma disposição ditatorial; já que são especialmente atingidos por esta perseguição os representantes sindicais dos trabalhadores. Política deliberada de destruição da organização sindical que vai na contramão de tudo que se discute no país em termos do fortalecimento dos sindicatos e de um modelo civilizado de resolução dos conflitos decorrentes da relação de trabalho assalariada.

Nós abaixo-assinados chamamos a sociedade civil a serrar fileiras conosco, para construirmos um grande movimento que freie a sanha autoritária do Governo do Estado de São Paulo e impeça a destruição dos direitos democráticos duramente conquistados e que, pelo contrário, avance na conquista de novos direitos.

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