Mais de 1500 acompanham entrega da Agenda dos Trabalhadores na Alesp
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    Mais de 1500 acompanham entrega da Agenda dos Trabalhadores na Alesp
    Autor: CUT-SP
    14/11/2007

    Crédito Imagem:

    Às 9h da manhã desta terça-feira (13), a movimentação já era intensa diante da sede da Central Única dos Trabalhadores, no Brás. Munidas de bandeiras e jalecos com o símbolo da manifestação, mais de 1000 pessoas aguardavam o início da I Carreata dos Trabalhadores. Por volta das 11h, cerca de 250 veículos partiram rumo à Assembléia Legislativa (Alesp), onde o presidente da casa, Vaz Lima, e parlamentares da oposição prestigiaram o evento.

    Militantes de diversas regiões de São Paulo viajaram para exigir Desenvolvimento com Distribuição de Renda no Estado. Pessoas como Edmundo Santos, um dos integrantes do Sindicato dos Servidores Municipais de Presidente Prudente-CUT/SP, cidade a 558 km da capital paulista , que enfrentou oito horas de viagem para participar da mobilização. “A manifestação é fundamental para mostrar à população como as ações de Serra afetam nosso futuro, como é o caso das privatizações das empresas paulistas. Já vimos esse filme, acompanhamos a queda da qualidade e o aumento do preço dos serviços graças ao sucateamento das empresas estatais”, apontou.

    O presidente da CUT-SP, Edílson de Paula, enalteceu a relevância histórica do ato. “Assim como acontece no caso da direção nacional da Central, apresentaremos uma agenda propositiva para investimento em políticas públicas que resultem em inclusão. Nosso objetivo é criar um canal de diálogo permanente e fazer com que o governador respeite os cidadãos que ajudam a construir o Estado, mas não são ouvidos pela gestão tucana de José Serra. Não é possível que o governo atue somente por decreto, sem conversar com movimentos sociais ”, criticou.

    Enquanto a fila de automóveis passava pelas ruas da zona leste paulistana e seguia para a zona sul, deixava o recado à população da luta pelo fim da política que não favorece o crescimento e provoca o desmonte de setores como a saúde – por meio da implantação de mecanismos como a implantação Organizações Sociais (OS), que impedem o atendimento a todos os cidadãos e, ao mesmo tempo, empurra para os planos privados – e a educação, onde é possível observar a falta de salas de aula e as precárias condições com as quais os professores convivem.

    Nos viadutos pelos quais passavam os manifestantes, faixas lembravam qual deveria ser o papel do Estado: “Queremos serviços de qualidade. Não à privatização e à terceirização”; “Para acabar com as desigualdades. Só com distribuição de renda”; “Promover o desenvolvimento Sustentável é papel do Estado”; “Democracia se faz com participação social”; “Valorizar o servidor público é valorizar a população”; “Desenvolvimento com respeito ao meio-ambiente no Estado”; “Pelo desenvolvimento do Estado com distribuição de renda”.

    Às 12h, os Sindicalistas representantes dos 16 ramos da Central se reuniram no Hall Monumental da Alesp para acompanhar a cerimônia de entrega da Agenda dos Trabalhadores.

    Líder do PT, Simão Pedro, observou a mudança de postura do movimento Sindical. “Normalmente, a história dos trabalhadores é de resistência e de reação, mas agora observamos um novo passo, em que a CUT-SP aponta uma série de iniciativas que devem nortear as ações do Legislativo, do Executivo e da própria sociedade civil”, acredita. Ele ressaltou ainda os paradoxos do Estado que conta com o maior orçamento do país. “Apesar de potência e da força de São Paulo, convivemos com diversas formas de mazelas como a falta de um programa de habitação e a existência de trabalho escravo no interior, onde predomina a monocultura”, ressaltou.

    O Deputado do Partido Verde (PV), Major Olímpio foi o último da base da oposição a discursar e aproveitou para destacar a importância da Central Única dos Trabalhadores para a manutenção da democracia. “A Assembléia Legislativa deve ser a casa do povo, não apenas nas palavras, mas também nas ações. Deve ainda ser o centro das discussões das necessidades mais agudas do povo. Não é possível governar à distância. Através da luta de cada um de vocês reconquistaremos a democracia e combateremos governos que atuam somente de acordo com interesses pessoais”, exaltou.

    Como não poderia deixar de ser, o ato terminou com o grito da CUT: CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES!









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