Notícia
Nas 24 horas encerradas ontem (26), o Brasil registrou 219.878 novas infecções por coronavírus, totalizando 24.553.950 registros positivos desde o início da pandemia, em março de 2020. Este é o nono recorde consecutivo de pessoas contaminadas pela doença.
Dados da plataforma Tracker, uma parceria entre a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp), mostram que a taxa de transmissão chegou a 1,9, o que significa que um grupo de 10 pessoas contaminadas é capaz de infectar outras 19. A expectativa é de que esse índice chegue a 2,03 até o fim deste mês.
Em relação ao número de óbitos, o Brasil registrou 606 mortes no período, somando um total de 624.507 vidas perdidas desde o início da crise sanitária.
Os recordes são consequência do avanço da variante ômicron que, embora menos letal para pessoas com o ciclo vacinal completo, tem taxa de transmissibilidade muito maior que as outras cepas, o que pode sobrecarregar as redes de saúde, como já vemos acontecer em alguns estados e municípios.
Doze estados já estão com 60% a 80% dos leitos de UTI’s ocupadas, segundo o boletim “Observatório Covid-19”, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado ontem.
Estudo
Um estudo feito por pesquisadores da USP aponta que algumas pessoas são naturalmente mais resistentes ao coronavírus. Segundo a geneticista Mayana Zatz, isso pode ocorrer devido à presença de células de defesa denominadas “assassinas naturais”.
“Essas células seriam os nossos defensores naturais. E qual a explicação? É que nas pessoas que são sintomáticas, que desenvolveram sintomas, haveria uma demora para acionar essas células. Já nas pessoas resistentes, essa resposta seria mais rápida. Não é um mecanismo simples, sabemos que tem outros genes e outros mecanismos envolvidos”, disse.
Outro estudo, conduzido pela Oregon Health & Science University (OHSU), dos Estados Unidos, aponta que pessoas infectadas por coronavírus e que estão vacinadas adquirem “superimunidade” muito superior àqueles que só se vacinaram.
No entanto, o estudo foi feito antes do surgimento da variante ômicron, mas os pesquisadores acreditam que os resultados valem para ela também.
Com informações do G1 e Agência Brasil