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    Mais trabalhadores perdem renda e desigualdade cresce na pandemia
    Autor: SINDSAÚDE-SP
    07/07/2021

    Crédito Imagem: SINDSAÚDE-SP

    Ao longo da pandemia, mais 4,3 milhões de trabalhadoras e trabalhadores das regiões metropolitanas brasileiras perderam ainda mais renda e, além disso, a desigualdade de renda também foi amplificada. É o que mostra estudo realizado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) em parceria com o Observatório das Metrópoles e Observatório da Dívida Social na América Latina (RedODSAL), que utilizou dados da Pnad Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

     

    De acordo com o boletim “Desigualdades nas Metrópoles”, no primeiro trimestre de 2020, quando começou a crise sanitária, as regiões metropolitanas somavam 20,2 milhões de pessoas em domicílios com renda per capita (por pessoa) do trabalho inferior a um quarto do salário-mínimo (pouco mais de R$ 250). No mesmo período de 2021, esse número de pessoas subiu para 24,5 milhões (mais 4,3 milhões).

     

    Entre o primeiro trimestre de 2020 e igual período de 2021, o porcentual de pessoas vivendo em domicílios com renda menor do que um quarto do salário-mínimo pulou de 24,5% para 29,4% nas metrópoles.

     

    Para o estudo, foi considerada apenas a renda obtida com o trabalho, não sendo considerados possíveis valores obtidos com programas governamentais.

     

    Na opinião dos pesquisadores, o estudo mostra a defasagem do mercado de trabalho durante a crise sanitária e o quanto iniciativas de auxílio, como o Bolsa Família e o auxílio emergencial, são importantes nesses casos.

     

    Desigualdade maior

    O mesmo estudo também mostra a desigualdade de renda entre as metrópoles. Todos os segmentos, dos mais pobres aos mais ricos, viram seus rendimentos caírem, mas os primeiros sentiram o maior baque.

     

    Os números mostram que, na média das 22 regiões metropolitanas, os 40% mais pobres perderam 32,1% da renda, os 50% intermediários perderam 5,6% e os 10% mais ricos, 3,2%.

     

    Conta própria

    Em outro estudo, realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Rede Brasil Afroempreendedor (Reafro), em parceria com o projeto Reconexão Periferias, da Fundação Perseu Abramo, mostra que a renda de cerca de metade dos trabalhadores que atuavam por conta própria no Brasil não ultrapassava os R$ 1 mil/mês no terceiro trimestre de 2019, ou seja, antes da pandemia. Este levantamento também levou em conta dados do IBGE.

     

    No período da análise, o país somava 24,3 milhões de trabalhadores por conta própria em áreas urbanas. Desse total, a parcela de 48% (em torno de 11,7 milhões) recebia até R$ 1 mil por mês. O salário-mínimo, à época, era de R$ 998.

     

    Os pesquisadores desse estudo avaliam que, na maioria das vezes, trabalhar por conta própria é a saída encontrada por aqueles que não conseguem se reinserir no mercado de trabalho formal.

     

    Com informações da Folha de S.Paulo.

     

    Crédito imagem: Agência Brasil










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