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    Araraquara registra a quarta morte por dengue, enquanto isso, governo do estado destrói a Sucen
    Autor: Redação SindSaúde-SP
    28/03/2022

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    Na última quinta-feira (24), foi registrada a quarta morte em decorrência de dengue somente este ano em Araraquara, no interior do estado. De 1º de janeiro até o momento já foram registrados 1.420 casos. O número de confirmações nesse primeiro trimestre de 2022 é três vezes maior do que o registrado em 2021, quando foram diagnosticados 396 casos, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde.

     

    Para atender a demanda, o município instalou um hospital de campanha, o Centro de Atendimento de Dengue, no local onde eram atendidos os casos de Covid-19, no auge da pandemia. Essa não é a primeira vez que o município enfrenta uma epidemia de dengue, em 2019, foram registrados 23.134 casos e cinco mortes durante todo o ano.

     

    Estado

    Segundo dados da Secretária de Estado da Saúde (SES), de 1º de janeiro a 26 de fevereiro deste ano, já foram confirmados em todo o estado de São Paulo 15.446 casos de dengue. Sendo que a maior incidência foi na região noroeste do estado, como a macro região de Araçatuba, São José do Rio Preto, Marília e Jales.

     

    Rio Preto

    Somente na cidade de São José do Rio Preto já foram registradas duas mortes pela doença este ano e 1.093 casos positivos. Em 2021, a cidade passou por um surto, quando foram diagnosticados 21.261 casos e 7 óbitos.

     

    Sucen

    Enquanto isso, o governo do estado de São Paulo passa a deixar os municípios desassistidos, pois está em processo de extinção da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), devido a aprovação da Lei Complementar n⁰ 17.293, de 15 de outubro de 2020.

     

    O secretário de Formação do SindSaúde-SP e trabalhador da Sucen, Alexandre Senna, já alertava desde que o governo enviou essa proposta de lei para Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) que os casos de dengue poderiam aumentar sem que os municípios pudessem contar com a expertise da equipe técnica da Sucen.

     

    “Embora os municípios também façam o controle e o combate dos vetores, como o Aedes aegypti, temos que salientar que eles sempre contaram com o trabalho e apoio da Sucen, cujo papel é essencial na elaboração do trabalho, educação, fornecimento de inseticida, preparo da máquina de nebulização, no aferimento do equipamento, enfim, em todas as atividades a Sucen está presente com a sua equipe”, explicou o diretor em artigo (clique aqui para ler na íntegra).  

     

    Senna também destacou os riscos de um surto de doenças como dengue, Chikungunya ou zika vírus, em meio a pandemia de Covid-19. “O serviço da Sucen sem o controle eficaz pode aumentar os casos de dengue muito rapidamente. Vale lembrar que estamos vivendo uma pandemia de Covid-19 e as pessoas vítimas dessa doença podem ter seus quadros agravados, caso contraiam dengue, Chikungunya ou zika vírus”, afirmou.

     

    Demissões

    Até o momento, não está claro para as trabalhadoras e para os trabalhadores como será o processo de extinção. Na última reunião do SindSaúde-SP com o Departamento de Recursos humanos da SES, foi informado que, neste mês, seria encaminhado ao governo a listagem contendo todos os nomes dos trabalhadores e trabalhadoras da Sucen, para que seja decidido o que vai ser feito a respeito desses profissionais: se eles(as) serão realocados para outro órgão dentro da Secretaria de Estado da Saúde ou se serão dispensados.

     

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