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    14 de abril é Dia Mundial de Combate à Doença de Chagas
    Autor: Redação SindSaúde-SP
    14/04/2022

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    Hoje, 14 de abril, é Dia Mundial de Combate à Doença de Chagas e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 75 milhões de pessoas estão sob o risco de infecção desta moléstia em todo o mundo, principalmente, no caso das que vivem na extrema pobreza.

     

    Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil vive uma tendência de queda das taxas de mortalidade nos últimos anos, no período de 2000 a 2019. No entanto, a doença de Chagas continua sendo uma importante causa de morte no Brasil, com uma média de 4 mil óbitos a cada ano, na última década.

     

    São Paulo

    Já no estado de São Paulo, segundo Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) “Prof Alexandre Vranjac”, a doença está controlada. Dados da Secretaria de Estado de Saúde apontam que os pouco casos que foram detectados de 2006 a fevereiro de 2022, foram por meio de transplantes ou por transmissão vertical, ou seja, quando há contaminação da mãe para o feto ou no momento do parto.

     

    “A grande endemia foi controlada no estado de São Paulo na década de 1970 pela Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), por meio da vigilância entomológica ativa, com borrifação das casas em que eram encontradas colonizações do barbeiro domiciliado”, escreveu Ruth Moreira Leite, médica infectologista, que atua Divisão de Doenças de Transmissão por Vetores e Zoonoses, do CVE, em artigo publicado no Boletim Epidemiológico Paulista.

     

    Sucen

    Segundo Ruth Moreira Leite, em 2014, um novo objetivo foi atingido no estado de São Paulo: a certificação da eliminação do barbeiro do território paulista. Isso foi possível porque essa espécie de barbeiro (a Triatoma infestans) não era autóctone no território paulista, ou seja, não era nativo. Além disso, a Sucen manteve estímulo à notificação passiva de barbeiros, com investigação e borrifação de residências onde havia colonização desses insetos.

     

    Contudo, esse trabalho de excelência está comprometido devido à extinção da Sucen, por iniciativa do governo estadual, na ocasião, comandado por João Doria Jr., que por meio da Lei 17.923, de 2020 (antes PL 529), destruiu a autarquia sob a alegação de reduzir gastos públicos.

     

    Para o SindSaúde-SP, controle e combate às endemias não são gastos e sim, investimento em saúde pública. Além disso, o Sindicato repudia a forma desrespeitosa como o governo está agindo em relação aos trabalhadores e às trabalhadoras, que desde a aprovação da lei não sabem o destino de suas vidas, se serão incorporados pelos munícipios ou se serão demitidos.   

     

    Desde a entrega do projeto de lei 529, de 2020, o SindSaúde-SP está atuando em defesa da manutenção das atividades da Sucen e pela preservação dos empregos de centenas de profissionais, que há décadas atuam no controle de endemias.

     

    A doença

    A doença de Chagas é uma infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, que pode ser transmitido por meio das fezes do “barbeiro”. A transmissão ocorre nas seguintes condições:

    – contato com fezes de parasitos infectados, após picada pelo inseto barbeiro;

    – ingestão de alimentos contaminados com parasitos;

    – transmissão de parasitos de mulheres infectadas para seus bebês, durante a gravidez ou o parto;

    – transfusão de sangue ou transplante de órgãos de doadores infectados a receptores sadios;

    – acidentalmente, pelo contato da pele ferida ou de mucosas, com material contaminado.

     

    Na fase aguda, os principais sintomas são:

    – febre prolongada (mais de 7 dias);

    – dor de cabeça;

    – fraqueza intensa;

    – inchaço no rosto e pernas.

     

    Na fase crônica, a maioria dos casos não apresenta sintomas, porém algumas pessoas podem apresentar:

    – problemas cardíacos, como insuficiência cardíaca;

    – problemas digestivos, como megacolon e megaesôfago.

     

    Como evitar?

    Segundo a Fundação Oswaldo Cruz e o Ministério da Saúde, a prevenção da doença de Chagas está intimamente relacionada ao modo de transmissão.

    - uma das formas de controle é evitar que o inseto “barbeiro” forme colônias dentro das residências, por meio da aplicação de inseticidas residuais, feita por equipe técnica habilitada;

    - em áreas onde os insetos possam entrar nas casas voando pelas aberturas ou frestas, podem-se usar mosquiteiros ou telas metálicas;

    - recomenda-se usar medidas de proteção individual (repelentes, roupas de mangas longas, etc.) durante a realização de atividades noturnas em áreas de mata;

    - para prevenir a transmissão oral, devem ser intensificadas as ações de vigilância sanitária e inspeção, em todas as etapas da cadeia de produção de alimentos suscetíveis à contaminação, com especial atenção ao local de manipulação de alimentos, devendo ser realizadas ações de capacitação para manipuladores de alimentos e de profissionais de informação, educação e comunicação.










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