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    Dengue: Brasil registrou 323,9 mil casos com 79 mortes desde janeiro
    Autor: SindSaúde-SP
    18/04/2022

    Crédito Imagem: SindSaúde-SP

    Os casos de dengue estão em trajetória crescente no Brasil, segundo dados do último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. O aumento de infecções pelo vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti foi de 85,6% na semana de 2 de janeiro a 2 de abril deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Ao todo, foram registradas 79 mortes pela doença no período.

     

    A situação está pior nas regiões Centro-Oeste e no Sul do país, sendo que a primeira teve alta de 242% no número de casos em relação à mesma base de comparação do ano passado. Quando o recorte é pelo número de casos por grupo de 100 mil habitantes, a primeira apontou 648 por 100 mil habitantes enquanto a segunda, 198 casos por 100 mil.

     

    Já quando são analisados os dados dos estados em número de casos, São Paulo aparece em segundo lugar, com um total de 70.722 casos (alta de 2,6%), atrás apenas de Goiás, no Centro-Oeste, com 71.652 registros. No entanto, a variação, neste último caso, é de 381,4%. Além disso, enquanto São Paulo tem 151,6 casos por grupo de 100 mil habitantes, Goiás apontou 994,3 casos por 100 mil hab.

     

    Top 4

    Das cinco cidades mais atingidas pela dengue, três estão na região Centro-Oeste. São elas, Goiânia (25,1 mil casos), Brasília (19,2 mil) e Aparecida de Goiânia (4,6 mil). Na sequência estão Palmas (Tocantins), com 7,5 mil casos e, em quinto lugar, Votuporanga, em São Paulo, com 4,7 mil. Outra cidade de São Paulo, Araraquara aparece em sétimo lugar, com 3,6 mil casos.

     

    Em participação na reportagem da “BBC Brasil” sobre o tema, a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a bióloga Cláudia Codeco, disse que “há uma atividade expressiva da dengue em algumas partes do país, em particular no eixo que vai do Tocantins até Santa Catarina, passando pelo Centro-Oeste e pela porção oeste de São Paulo”.

     

    Ela atribuiu o aumento de casos ao clima favorável para proliferação do mosquito Aedes aegypti, “com chuvas intensas e prolongadas” nas regiões de maior incidência.

     

    Outro fator de influência, segundo especialistas ouvidos pela reportagem, é que a epidemia de gripe causada pelo vírus H3N2, além do pico de Covid-19 provocado pela variante ômicron, prejudicaram os sistemas de vigilância da dengue.

     

    Além disso, os surtos de dengue foram mais controlados no ano passado devido ao isolamento social, que diminuiu o deslocamento de pessoas.

     

    A expectativa dos especialistas é que os casos de dengue continuem a subir até maio.

     

    Para ver o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, clique aqui.

     










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