De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, veiculada na última quinta-feira (09), há 4.168 profissionais da saúde pública estadual afastados de suas funções devido à contaminação por Covid-19. O número representa uma alta de 5,6% em relação ao início de maio (3.948), segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

No Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), por exemplo, 46 profissionais estão afastados por Covid, entre médicos, pessoal da enfermagem, fisioterapeutas, entre outros.

Já na capital paulista, as licenças médicas entre os profissionais da saúde municipal quadriplicaram. A Secretaria Municipal da Saúde da capital informou à repórter Claudia Collucci, que o número passou de 87 afastamentos, em maio, para 354 na última terça-feira (07).

A alta de contaminação atinge profissionais, repete o mesmo movimento que aconteceu quando a curvas de casos começaram a subir em outras ondas da pandemia.

Sobrecarga

Segundo o intensivista Ederlon Rezende, chefe da UTI do HSPE, os afastamentos geram uma série de contratempos na rotina de trabalho, como necessidade de reorganizar escalas. "Além da sobrecarga de trabalho para quem fica e o impacto moral na equipe devido à preocupação com a saúde dos colegas e familiares."