Artigo
O SindSaúde-SP apoia a greve dos professores estaduais de SP. Mais do que solidariedade, somos parceiros na luta por salário digno e condições decentes de trabalho e atendimento para todos os trabalhadores públicos no estado dito mais rico do país.
Nossa data-base é 1º de março, aprovada em lei pelo Governo do Estado em 2006. No entanto, esse mesmo Governo nunca respeitou essa lei e para piorar em fevereiro, sem dialogar com as entidades do funcionalismo, proibiu por decreto qualquer reajuste salarial. E sem o menor constrangimento em janeiro concedeu aumento de 5% a 18% para seu próprio salário, o do vice-governador e o de seus secretários de Estado.
O Governador congelou R$ 6,6 bilhões do orçamento de 2015. Prometeu não cortar recursos da saúde, educação e segurança. No entanto além de proibir reajuste salarial fechou escolas, entre outras medidas restritivas.
Racionamento de água por má gestão dos recursos hídricos; usuários do SUS na longa espera de vaga; usuários privados, pagando duas vezes para atendimento em hospitais estaduais públicos; classes superlotadas, professores sem voz, profissionais de saúde sem material básico para atendimento, cidadãos morrendo por dengue e nos supostos confrontos com a polícia em que, de janeiro até começo de março, já morreram 117 pessoas, uma média de quase dois cidadãos por dia.
Será que para reduzir gastos do orçamento e acabar com a seca, a epidemia de dengue, a superlotação nas escolas e a violência generalizada, a política adotada é a morte em série da população?
Por isso nosso apoio à greve dos professores e professoras estaduais. Estamos juntos com a Apeoesp para cobrar nossas justas reivindicações por serviços públicos com qualidade no estado de São Paulo.
Gervásio Foganholi
Presidente do SindSaúde-SP
Março de 2015