Voto feminino completa 89 anos
Sindicato unido e forte
desde 1989


    Voto feminino completa 89 anos
    Autor: Maria Aparecida Secretária da Mulher Trabalhadora
    24/02/2021

    Nesta quarta-feira (24), faz 89 anos desde que as mulheres passaram a ter o direito a voto no Brasil. O voto feminino foi permitido a partir das eleições de 1932, com o Código Eleitoral Brasileiro. Mas esse direito só foi assegurado na Constituição de 1934.

    O movimento pelo voto feminino teve início em 1889, com a Proclamação da República. A partir daquela época, muitas mulheres passaram a exigir os mesmos direitos que os homens, incluindo o voto.

    Antes dessa conquista, só podiam votar no Brasil homens com mais de 21 anos que não fossem analfabetos e tivessem alguma renda.  Por isso, o movimento sufragista liderado pelas mulheres foi um grande feito para reverter o cenário.

    Contudo, o direito a voto não se reverteu em ocupação de espaços de poder. As mulheres são a maioria da população brasileira, tem mais anos de estudo que os homens, mas, na hora de chegar lá, há muitas barreiras a serem transpostas ainda.

    No ano passado, o Mapa Global de Mulheres na Política de 2020, da Organização das Nações Unidas (ONU), apontou que o Brasil caiu seis posições em número de mulheres no parlamento.

    Hoje, o país ocupa o 140º lugar numa lista de 193 países. Na América Latina, o Brasil apareceu apenas à frente de Belize (169º) e Haiti (186º).

    No governo brasileiro, temos apenas duas mulheres ocupando ministérios. E, nas eleições do ano passado, o Brasil elegeu 658 prefeitas (12,9%) – nenhuma em capitais importantes -, contra 4.800 prefeitos (87,1%), e temos apenas uma governadora – Fátima Bezerra, no Rio Grande do Norte – a ÚNICA em 27 unidades da federação. Ou seja, desde que o voto feminino foi conquistado, temos muito ainda a conquistar.

    O SindSaúde-SP espera que as mulheres possam ocupar cada vez mais espaços de poder, para que a política possa, finalmente, ter um equilíbrio de visões, opiniões, encaminhamentos e possa ser, enfim, um espaço realmente democrático nas questões de gênero.