O 1º de Maio está chegando, mas já queremos antecipar algumas reflexões acerca do Dia do Trabalhador. Primeiramente, ser trabalhador e trabalhadora da saúde no Brasil não tem sido fácil, não só pela pandemia em si, que jogou um vagão sobre as costas desses profissionais, mas, principalmente, pelas perdas salariais e de benefícios sofridas ao longo dos anos.

Somadas a isso, as jornadas exaustivas para cobrir os buracos gerados pela falta de concursos públicos e o sucateamento da saúde pelo governo de João Doria Jr. Enfim, é uma conta que sempre fecha no vermelho para o lado do(a) trabalhador(a): menos direitos, menos dinheiro, menos tudo.

Nesse jogo em que só um lado perde, nunca foi tão importante nos mantermos unidos, nos moldes daquela frase que viralizou nos últimos meses, “ninguém solta a mão de ninguém”.

Chegue mais perto

Chegamos a um ponto de nossa história no qual nunca foi tão essencial nos mantermos unidos para que possamos nos fortalecer. E, recentemente, um discurso proferido pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, trouxe um sopro de esperança ao mundo do trabalho.

Em seu discurso, Biden disse que os Estados Unidos “não foram construídos por Wall Street”, mas pela “classe trabalhadora”. E, segundo Biden, “os sindicatos construíram a classe trabalhadora. Os sindicatos colocaram poder na mão dos trabalhadores. Eles nivelam o jogo”.

Ainda, Biden destacou a importância dos sindicatos na defesa da classe nos grupos minoritários e prometeu dialogar com essas entidades durante o seu mandato.

Biden ainda foi mais longe. Disse que não cabe a ele decidir se alguém será sindicalizado, mas frisou que “também não cabe ao empregador decidir isso. A decisão de sindicalizar-se é dos trabalhadores”.

Bingo! Biden atingiu o ponto nevrálgico da questão. Afinal, o sindicato é o instrumento político que o trabalhador precisa para se fortalecer no mundo de trabalho e lutar por seus direitos, pois ninguém consegue ser forte sozinho.

Aqui no Brasil

A famigerada reforma trabalhista, aprovada em 2017, não só não ajudou a criar empregos como também tornou ainda mais precárias as condições de trabalho. Pior! A antirreforma prejudicou também a representatividade dos trabalhadores a partir dos sindicatos, ao acabar com a contribuição sindical de uma só vez, sem dar tempo para que muitas dessas organizações pudessem se reestruturar dentro de uma nova conjuntura.

Em um mundo em que está em voga a uberização do trabalho, em que os patrões querem fazer o trabalhador crer que ele é um “colaborador”, para dar-lhe a falsa impressão de que ele também “é dono do negócio”, os sindicatos nunca foram tão importantes.

Você não está sozinho(a)!

Por tudo isso, prezado(a) profissional da saúde pública do estado de São Paulo, nós, do SindSaúde-SP, queremos reforçar aqui o nosso papel de entidade representativa de todos vocês.

Estamos em Campanha Salarial, lutando contra os desmandos do governo de João Doria Jr., que quer acabar com a saúde pública, desmantelando as estruturas para dar cabo ao seu plano privatista.

Nós sabemos de todas as mazelas enfrentadas por vocês todos os dias e estamos aqui para lutar junto com você e por você. Mas, para isso, nós precisamos que você também esteja do nosso lado nessa batalha.

Lembre-se sempre: juntos somos mais fortes! O Sindicato não pode fazer nada, a menos que você caminhe ao nosso lado, nos trazendo as suas demandas e participando de nossas ações.

Como disse Biden, participar da vida sindical é uma decisão sua, mas queremos lembrá-lo(a) de que estamos sempre muito dispostos a ouvi-lo(a) e lutar por e com você.

Participe conosco dessa jornada de luta! Traga a sua energia para nos fortalecer