PEC 32: não finja que não é com você
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    PEC 32: não finja que não é com você
    Autor: Redação - SindSaúde-SP
    06/08/2021

    Desde que o projeto de reforma administrativa do governo federal foi apresentado no ano passado, o SindSaúde-SP tem batido na tecla a respeito da importância do assunto, pois, se aprovada, a proposta significará um duro golpe na vida da população brasileira, principalmente a mais carente.

     

    Na terça-feira passada (3), diretoras e diretores do Sindicato estiveram nos locais de trabalho de sua base distribuindo um material informativo com os principais pontos da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32, que pode jogar uma pá de cal na estabilidade do funcionalismo público e, consequentemente, desmontar serviços públicos essenciais, como saúde e educação (para ter acesso ao boletim, clique aqui).

     

    Em um momento de excesso de informação e, talvez por isso mesmo, desinformação, é natural que a população se sinta confusa a respeito do que é importante ou não, ou do que atinge diretamente a sua vida ou não. Com tanta cortina de fumaça jogada nas redes para distrair os cidadãos brasileiros sobre o que, de fato, é importante, não é incomum pessoas acharem que o alarme disparado pelos sindicatos e centrais sindicais tenha um ruído exagerado. Contudo, não há exagero nisso.

     

    Coletivo acima do privado

    O SindSaúde-SP pediu aos técnicos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), uma das instituições mais respeitadas do país, que elaborasse um estudo com os principais pontos de impacto da reforma administrativa – a qual muitos estão chamando de “deforma” –, para conscientizar sua base e a população sobre o que, exatamente, está em jogo (para baixar uma cópia da cartilha, clique aqui).

     

    A entidade sabe que, diante da pandemia e os constantes golpes sofridos, as trabalhadoras e trabalhadores podem estar mais preocupados com questões de ordem pessoal e do seu dia a dia, o que é extremamente compreensível.

     

    No entanto, estamos em um momento tão dramático da história mundial e, principalmente, nacional, que se faz urgente a seguinte máxima: há momentos em que os interesses coletivos devem estar acima dos interesses privados, uma vez que estamos (quase) todos no mesmo barco (exceto os bilionários e demais privilegiados).

     

    Não se enganem: a reforma administrativa é assunto de todos nós. Conforme diz o estudo do Dieese, se passar como está, seus impactos serão sentidos imediatamente.

     

    Você sabe da importância

    Nós sabemos que vocês, trabalhadora e trabalhador da saúde, sabem que o serviço público não é mais o mesmo há anos, devido aos constantes golpes, desmontes e desfinanciamentos sofridos ao longo do tempo. Sabemos também que vocês sabem que tudo isso é culpa de governos privatistas, como aquele que ocupa o estado de São Paulo há anos, cuja política é sucatear primeiro para justificar a terceirização/privatização depois. E não podemos deixar isso acontecer, em escala nacional, em um país tão grande e desigual quanto o Brasil.

     

    Mais do que nunca, na pandemia vimos o quanto o serviço público de saúde é importante. Não fosse o Sistema Único de Saúde (SUS) e o trabalho dedicado de todos(as) vocês, estaríamos em patamar ainda pior na pandemia.

     

    Também sabemos que vocês, cujos salários têm sido constantemente arroxados nos últimos anos, precisam também de serviços públicos essenciais, como saúde e educação para os seus filhos e netos.

     

    Portanto, informem-se, participem das mobilizações, conversem com seus colegas, ajudem-nos a pressionar os deputados a rejeitarem a proposta. Visitem o site Na Pressão (https://napressao.org.br/campanha/diga-nao-a-reforma-administrativa) e pressionem deputadas e deputados a votarem a favor da população brasileira.

     

    A reforma administrativa não atinge os altos cargos e salários, mas somente a grande maioria do funcionalismo público com salários mais baixos.

     

    Não se enganem: a reforma administrativa é assunto de todos nós.