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    SindSaúde-SP cobra do governo estadual ações efetivas de segurança nas escolas
    Autor: Direção do SindSaúde-SP
    24/10/2023

    Na última segunda-feira (23), acordamos mais uma vez com a triste notícia de que uma estudante morreu e três ficaram feridas devido a um ataque armado em um colégio. Desta vez, na Escola Estadual Sapopemba, localizada na zona leste da capital. 

     

    O jovem de 15 anos, apontado como atirador, era um dos alunos e segundo informações divulgadas  pela polícia militar, utilizou uma arma legalizada que pertence ao pai. Ele alegou à polícia que havia sofrido agressões e ameaças de outros alunos, conforme aponta em ocorrência registrada em abril deste ano. 

     

    Infelizmente, a violência psicológica e física costumam aparecer como as razões de ataques semelhantes a esse, o que demonstra que poderia ser evitado. Só este ano, foi o segundo caso fatal registrado em São Paulo. Em março, um estudante da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, em São Paulo, matou uma professora a facadas e feriu outras cinco pessoas. A professora Elisabeth Tenreiro, que foi morta, era aposentada da área da saúde e atuou por 44 anos no Instituto Adolfo Lutz.

     

    Para o SindSaúde-SP, a onda de violência em escolas estaduais demonstra a falta de políticas públicas por parte do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) para garantir o bem-estar e a segurança de estudantes e trabalhadore(a)s da educação. 

     

    Não há como negar que os atos do chefe do estado de São Paulo contribuem diretamente para essa situação, pois há menos de um mês, Tarcísio vetou um Projeto de Lei foi aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que tinha como objetivo garantir a presença de um profissional de psicologia e de assistência social em todas as escolas estaduais.  

     

    A alegação do chefe do estado de São Paulo é que o governo já promove ações com atendimento psicológico. Contudo, 5 meses após o ataque na escola da Vila Sônia, a unidade não havia recebido nenhum profissional para fazer o acompanhamento do momento de luto que estavam vivendo. Ao contrário, os alunos e profissionais perderam dias de férias e finais de semana para repor os dias em que a escola esteve fechada. 

     

    O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) realizou uma pesquisa que aponta que 1,6 milhão de estudantes e 87 mil professores souberam de casos variados de violência dentro das escolas. Sendo que destes, 1,1 milhão de estudantes e 40 mil professores foram, eles próprios, vítimas de algum tipo de violência. 

     

    O mesmo levantamento também demonstra que 98% dos estudantes, 96% dos professores e 97% dos familiares dos estudantes requerem mais segurança nas escolas. Entretanto, Tarcísio foi na contramão e enviou um Projeto de Emenda à Constituição que retira 5% da verba da Educação. 

     

    Por isso, o SindSaúde-SP apoia a Apeoesp nas cobranças ao governo do estado por avanços na segurança nas escolas, acompanhamento psicológico e valorização dos profissionais. Extremamente necessário para previr que não haja outros casos. 

     

    O SindSaúde-SP se solidariza com as famílias das vítimas e com os estudantes e profissionais que, infelizmente, viveram essa situação tão traumática. O Sindicato defende o fim da violência, por meio de uma cultura de paz, que precisa de ações e políticas públicas para que seja efetiva.