Artigo
A definição de cultura como um conjunto de tradições, crenças e costumes de um determinado grupo social demonstra como essas manifestações são fundamentais para nortear os passos de uma sociedade.
Também por isso, vimos recentemente no Brasil ataques à liberdade cultural para estrangulamento da livre expressão por parte de uma direita conservadora e fascista que busca regular corpos, mentes e manter à margem quem tradicionalmente enfrenta a desigualdade social.
O corte ao financiamento de produções artísticas foi um dos pilares dessa luta nos últimos seis anos, interrompido em âmbito federal pela eleição de um governo comprometido com a democracia e o respeito à diversidade.
Mas a batalha também se dá nos estados e municípios, onde sindicatos e federações precisam fazer o trabalho de base para dialogar sobre a importância da união dos trabalhadores e trabalhadoras como classe.
Nesse processo, a cultura é uma aliada como ferramenta de ampliação da consciência, uma porta para abrir diálogos e vencer uma das principais armas de quem a ataca: a mentira.
Com ousadia e criatividade, precisamos encontrar caminhos por dentro da arte para que possamos enfrentar as fake News com uma linguagem capaz de mostrar que muitos dos inimigos que a extrema-direita vende são aliados.
Como as organizações sindicais, sem as quais, não há direitos, conquistas, proteção. Foram anos de manipulação por meio de redes digitais para impor o contrário. Portanto, essa também é uma frente de resistência e disputa.
O uso da cultura por quem prega o ódio e o preconceito trouxe alienação e individualismo. Nosso caminho é o contrário, o pensamento crítico e a coletividade para transformação de um estado onde prevalece a desigualdade social e a exclusão.
Apenas na cidade de São Paulo, o número de pessoas em situação de rua cresceu 8,2% em 2023 e alcançou a marca de 52 mil homens e mulheres.
O SindSaúde-SP tem o compromisso de enfrentar essa realidade e fazer da classe trabalhadora protagonista da história também por meio da cultura e de sua produção artística.
Porque somente quem conta a própria história não é manipulado.