Artigo
Às vésperas do 8 de março, Dia Internacional da Mulher, dois casos de violência alertam sobre a urgência de medidas mais duras para frear as agressões motivadas por questões de gênero no país.
No dia 11 de fevereiro, uma policial civil de 45 anos foi morta pelo ex-companheiro no Distrito Federal.
No dia 24 do mesmo mês, uma enfermeira do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) foi vítima de um disparo com arma de fogo deflagrado por um paciente em surto psicótico.
Sejam casos premeditados ou isolados, eles têm em comum a vítima, mulheres, trabalhadoras, que exerciam sua atividade e viram o Estado falhar na proteção às suas vidas. Algo que tem se tornado comum.
Em 2023, São Paulo, já sob gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), viu os casos de feminicídio crescerem e atingirem a marca de 221 mortes relacionadas à questão de gênero. O número foi o maior em cinco anos.
O SindSaúde-SP cobra do poder público ações efetivas que garantam a proteção das trabalhadoras e o atendimento imediato às vítimas, fator fundamental para punir os agressores. Não bastam políticas qualificadas em âmbito federal, se apenas 7% das Delegacias da Mulher paulistas funcionam 24 horas.
As medidas positivas não encontrarão efetividade se não houver uma rede de apoio às mulheres vítimas de violência e se não tivermos uma polícia qualificada para investigar e punir os criminosos.
O fim da violência de gênero passa por um estado comprometido com nossas vidas, também no ambiente de trabalho.