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O SindSaúde-SP recebeu com imensa perplexidade a proposta de um deputado estadual para mudar o nome do Conjunto Hospital Mandaqui e com isso homenagear a bispa Keila Ferreira. O projeto já aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo, fere muitos princípios, a começar por um dos mais importantes, a valorização de quem faz a diferença para a instituição.
Fundado em 1938, o Hospital do Mandaqui nasceu como Sanatório Dória e foi remodelado para atender às crescentes demandas por assistência médica até tornar-se uma unidade essencial na Zona Norte da capital paulista e referência em casos gerais, de grande porte e de alta complexidade.
Para isso, o empenho de diversos profissionais da saúde, que dedicaram a vida para atender a população foi imprescindível e soa como uma afronta a homenagem não a esses trabalhadores e trabalhadoras, mas a alguém que não trouxe qualquer contribuição e sequer era usuária desse patrimônio.
A medida que se apresenta com uma mera ação demagógica caça-votos personifica o que há de pior na política brasileira, ao privilegiar o interesse pessoal em detrimento do bem comum, ao buscar agradar um público específico sem considerar princípios da impessoalidade e da moralidade, que deveriam ser os norteadores da administração pública.
A proposição é contrária aos interesses de quem trabalha no local e da população, que não se sentem representadas pela mudança.
Por isso, o SindSaúde-SP apoia o Manifesto Público em Defesa da História do Conjunto Hospitalar do Mandaqui e pede apoio para a assinatura do documento disponível aqui, que solicita ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e à Casa Civil do Estado de São Paulo que vetem a mudança.
Valorizar a saúde é também lembrar de quem está na linha de frente, por isso, convocamos você a lutar essa batalha conosco contra os interesses de quem pouco conhece ou não valoriza o que é público e patrimônio de todos nós.
Assine aqui a petição pública em defesa da manutenção do nome do Conjunto Hospitalar Mandaqui.