2ª Conferência Nacional de Juventude
Autor: CUT
19/12/2011
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A 2ª Conferência Nacional de Juventude realizada entre os dias 9 e 12 de dezembro, em Brasília, terminou com a aprovação de 44 objetivos, distribuídos em cinco eixos, que vão orientar e nortear as políticas públicas voltadas à juventude brasileira no próximo período.
A Conferência contou com a participação de cerca de 2 mil delegados e delegadas de todos os estados. Fato de destaque, a aprovação de quase todas as propostas apresentadas pela juventude da CUT evidenciou mais uma vez o papel da Central como referência para os movimentos juvenis.
“Conseguimos colocar uma série de demandas da juventude da CUT no texto de resolução da Conferência. Isso só foi possível por conta da organização e da comunicação junto aos outros movimentos sociais, principalmente os conferencistas da UNE”, enfatiza Rosana Sousa, secretária de Juventude da CUT.
Entre os pontos aprovados Rosana destaca a Agenda Nacional do Trabalho Decente, proposta esta construída na CUT. “Para nós, esse foi o ponto principal, porque dentro da Agenda do Trabalho Decente temos uma série de reivindicações nossas como a redução da jornada de trabalho, como que você faz a conciliação de estudo e trabalho sem ter danos para a juventude, trabalho decente, inserção no mercado de trabalho e como você faz a ligação principalmente com as demandas dos trabalhadores rurais”, exalta Rosana.
Outras resoluções aprovadas na Conferência tiveram intervenção da juventude cutista como o direito à comunicação, onde foram abordadas questões importantes como o trabalho decente, a criação de um novo marco regulatório e dos conselhos de comunicação, assim como o aperfeiçoamento, implementação e a garantia da efetivação do controle social em todas as etapas de consolidação do Programa Nacional de Banda Larga, a legalização do aborto e a criação de um sistema público de financiamento para a juventude.
Os delegados e delegadas cobraram também a votação para o próximo ano do Estatuto da Juventude, que já passou pelos Câmara e agora está em comissões do Senado, sendo fundamental para amarrar importantes demandas da juventude brasileira como a criação o Sistema Nacional de Juventude e a instituição de um fundo para financiar essas políticas.
Os cinco eixos temáticos onde estão distribuídos os objetivos aprovados pela Conferência são:
Direito ao Desenvolvimento Integral: educação, trabalho, cultura, comunicação;
Direito ao Território: cidade, campo, transporte, meio ambiente e comunidades tradicionais;
Direito à experimentação e qualidade de vida: saúde, esporte, lazer e tempo livre;
Direito à diversidade e à vida segura: segurança, valorização e respeito à diversidade e direitos humanos;
Direito à participação
Conselho Nacional de Juventude: uma preocupação levada pela juventude da CUT à Conferência foi a eleição do Conselho Nacional de Juventude. Um grupo de trabalho especial responsável por debater esta temática (grupo de participação) contou com a presença de 20 companheiros/as da CUT. “Nele, levamos a reivindicação sobre a questão da representatividade e participação dentro Conselho Nacional de Juventude. Porque hoje nós temos uma série de organizações que estão no Conselho Nacional e que não representam nada ou um número pequeno de jovens no Brasil. Por exemplo: a ONG de Mulheres de Santa Cruz do Sul que representa 50 mulheres e a CUT que representa mais de 2 milhões de trabalhadores dependendo de como fica a organização a CUT pode ficar de fora do Conselho no próximo mandato”, critica Rosana.
“É dizer que a juventude trabalhadora que tem maior representatividade na América Latina vai ficar de fora do Conselho. Então, fizemos uma proposta para mudar a representação do Conselho no sentido de continuarmos ajudando na construção de políticas públicas para o Brasil”, destaca a dirigente da CUT.
William Pedreira
CUT
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