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    Câmara aprova privatização da previdência dos servidores
    Autor: Condsef
    28/02/2012

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    Sob protestos e vaias, maioria na Câmara aprova privatização da previdência dos servidores A terça-feira começou cedo para os servidores. Às 6h30 representantes da categoria iniciaram o dia recebendo parlamentares e cidadãos no aeroporto de Brasília onde distribuíram panfleto (veja aqui) explicando problemas e riscos do PL 1992/07. O projeto propõe a criação de uma previdência complementar para o setor público. Ainda pela manhã servidores reunidos no Fórum Nacional de Entidades que congrega trabalhadores do Executivo, Legislativo e Judiciário, uniram forças e foram para a Câmara dos Deputados onde o trabalho de pressão contra o PL se estendeu até o final da votação do projeto. À tarde, um grupo acompanhou do corredor reunião da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) e apesar de solicitar intervenção para falar sobre sua posição contrária ao PL, os servidores tiveram acesso negado ao local. Não fosse o auxilio de parlamentares como o deputado Policarpo, os servidores também teriam sido impedidos de entrar no Plenário para acompanhar a votação. Mas, apesar da forte pressão, com mais de duzentos representantes dos servidores, sob protestos e vaias, por 318 votos a 134 e 2 abstenções (confira aqui lista completa da votação) foi aprovada na Câmara a privatização da previdência dos servidores públicos. O resultado negativo da votação de hoje para os trabalhadores não irá diminuir e desanimar a categoria na busca pela derrubada do projeto. Nesta quarta, 29, os parlamentares devem votar os destaques feitos hoje à matéria. Apesar de muitos acreditarem que poucas mudanças devem ocorrer na Câmara, a pressão se volta para o Senado para onde segue agora o projeto. “Vamos continuar a batalha, não vamos jogar a toalha. A Condsef, junto com o Fórum de Entidades, vai denunciar todos os parlamentares que votaram contra os trabalhadores”, disse o diretor da Confederação, Sérgio Ronaldo da Silva que participou hoje de todo o processo de mobilização contra o PL 1992/07, desde o aeroporto até a votação no Plenário da Câmara. A Condsef deve realizar reuniões em suas instâncias onde fará uma avaliação dos votos que possibilitaram a aprovação na Câmara da privatização da previdência do conjunto do funcionalismo. Durante a votação palavras de ordem como “PT pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão” e “Parlamentar, preste atenção, previdência complementar é privatização” deram o tom da resistência dos servidores que acompanhavam tudo no Plenário. Governo marcado por contradições – Uma das grandes críticas feitas ao governo da presidenta Dilma Rousseff até aqui é justamente a postura contraditória adotada quando o assunto é privatização. Para a Condsef o governo Dilma e o próprio PT estão contrariando a história de quem sempre pregou e questionou da oposição a postura privatista. Mas em pouco mais de um ano o governo Dilma entregou para o setor privado hospitais universitários, três dos maiores aeroportos do Brasil (Viracopos, Brasília e Guarulhos) e agora a previdência pública do conjunto do funcionalismo. Para impedir que estragos ainda maiores aconteçam e uma nova e avassaladora era de privatizações volte a corroer o Estado brasileiro, os trabalhadores vão precisar de muita mobilização, unidade e pressão. Continuam em todo o Brasil as atividades ligadas à Campanha Salarial em defesa dos servidores e serviços públicos. Uma greve geral para abril ainda não foi descartada. A Condsef reforça a necessidade de resistir hoje para não amargar amanhã perdas graves de direitos constitucionais que dificilmente voltam. Por isso, é essencial manter a incansável luta em busca de melhores condições de trabalho com reflexo em serviços públicos de qualidade a que toda população tem direito. Condsef www.condsef.org.br









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