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    Bauru: A “base” da crise
    Autor: CUT/SP - Subsede Bauru
    14/03/2012

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    Em 2009 a Polícia Federal descobriu os reais motivos que vinham afundando o Hospital de Base. A operação Odontoma revelou à sociedade um esquema de corrupção liderado por Joseph Saab, então Presidente da Associação Hospitalar de Bauru, entidade responsável pela administração de três, dos quatro principais hospitais públicos da cidade. Superfaturamento de salários, desvios de dinheiro e cobrança de procedimentos não realizados, aconteciam bem na “fuça” do Governador Geraldo Alckmin e do único Deputado de Bauru, Pedro Tobias, ambos do PSDB, responsáveis pela fiscalização dos recursos aplicados. Quatro milhões de reais foram usados para pagamentos de despesas pessoais. O filho de Joseph, Marcelo Saab, dentista, tinha salário digno de Presidente da República. Ganhava de 25 a 30 mil reais enquanto toda a folha de pagamento dos demais profissionais da área não passava de 10 mil. Pela tabela do SUS, para atingir esta remuneração, o dentista deveria trabalhar em média 30 dias por mês, 24 horas por dia, gastando apenas 7,5 minutos por procedimento. A Polícia Federal apurou ainda que os “Saab’s” não agiam sozinhos. Uma verdadeira quadrilha “operava” dentro dos hospitais públicos de Bauru, desviando dinheiro do Sistema Único de Saúde e levando milhares de pacientes e seus familiares ao desespero. O Ministério Público Federal acatou uma denúncia do Conselho Municipal de Saúde e pediu na Justiça a condenação de quatro servidores ligados ao Governo Alckmin, além de Joseph e demais membros da quadrilha. Para a CUT, a atitude do Conselho Municipal de Saúde e do MPF foi um passo importante, mas ainda precisa responsabilizar o próprio Governador do Estado de São Paulo, que age de total irresponsabilidade ao repassar verbas do SUS para entidades particulares. Em dezembro de 2011, a Central Única dos Trabalhadores cobrou do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, maior rigor na apuração dos desvios e resolução definitiva do problema. Novas denúncias Recentemente, foram apresentadas novas denúncias. Desta vez sobre irregularidades nas cobranças de procedimentos realizados no setor de ortopedia do Hospital de Base. Segundo a Procuradoria Federal, as proporções deste desfalque devem ser ainda maiores. Embora grande parte da mídia bauruense tente promover uma lavagem cerebral nos usuários, blindado Geraldo Alckmin e Pedro Tobias, a verdade é que a privatização dos hospitais estaduais é a verdadeira raiz da crise que Bauru enfrente na saúde pública. O “esquema” da AHB é a mais pura e simples consequência da privataria tucana. Atualmente fala-se em dívidas impagáveis e no futuro incerto de três hospitais públicos da cidade (Base, Santa Izabel e Manoel de Abreu). Enquanto isso, trabalhadores são obrigados a fazer greve para ter direitos garantidos e usuários são submetidos a tratamentos desumanos. Alckmin e seu fiel escudeiro Pedro Tobias permanecem em berço esplêndido, “operando” para garantir a saída “à francesa” da AHB, deixando no passado os escândalos, roubalheira, ou qualquer coisa que possa manchar o projeto de privatização dos serviços públicos. CUT/SP – Subsede Bauru. Jornal ReperCUT, março de 2012.









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