A vida é paritária!
Autor: Célia Regina Costa - Secretaria de Mulheres da CNT
16/03/2012
Crédito Imagem: celia-3x4-site.jpg
Estava sem inspiração para escrever sobre paridade. Mas, voltando do Espírito Santo, depois de uma semana trabalhando o processo eleitoral de um sindicato de nosso ramo, ao entrar no avião a comissária disse: “a comandante e o comandante tem o prazer de recebê-los para este voo”. Pensei: como não ter inspiração, a vida é feita de paridade!
Vamos lá! Para qualquer ser humano existir é preciso o feminino e o masculino, ou seja, a paridade. As famílias têm uma forma de organização que é composta paritariamente, na grande maioria, composta por mulheres e homens.
A vida na sua forma é paritária, mas esta base não se reflete na sociedade. Quando chegamos ao mundo do trabalho, a relação de paridade perde-se completamente. A mulher que tem a mesma função que o homem, exemplo disso são profissionais como engenheira ou médica, recebe salário 30% menor. Se for uma mulher negra, recebe menos ainda. O que dizer da mulher que cuida dos afazeres domésticos? A frase é a seguinte: “a minha mulher não trabalha, ela fica em casa”. A partir desse pensar a paridade familiar começa a se romper.
Esses conceitos de poder, de desconsiderar que a vida é feita por mulheres e homens se refletem também no mundo sindical. Se na sociedade brasileira as mulheres são maioria; se no mundo do trabalho formal, aquele que tem contrato de trabalho, também o é; estamos chegando à paridade. Se somos, nas categorias, o maior número de filiadas, por que a direção dos nossos sindicatos não reflete essa realidade? Será que é a forma de funcionamento das nossas organizações? Este modelo de sindicatos, federações, confederações e a nossa central conseguem responder à realidade do mundo do trabalho que temos hoje?
É preciso ter atitude na vida, no mundo do trabalho e no movimento sindical. Nós da CUT nascemos na ação radical de enfrentamento da ditadura pela democratização do nosso país. Tenho certeza que chegará a hora de radicalizar mais uma vez, implantando em nossas instâncias da CUT e nos sindicatos a paridade entre mulheres e homens.
Ao clicar em enviar estou ciente e assumo a responsabilidade em NÃO ofender, discriminar, difamar ou qualquer outro assunto do gênero nos meus comentários no site do SindSaúde-SP.
Carlos Alberto |
16/03/2012 |
Parabéns por essa feliz experiência,diria que esse reflexo é hiper proveitoso nas nossas vidas. Seja Homem,ou Mulher somos todos iguais perantes as leis e a Deus.
Como diria o velho poeta Vinicius de Morães:
" A vida é a arte do encontro........."
Meus sinceros parabéns, em especial a mulher é um ser sagrado.
Um grande abraço !!