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    17 desafios para o prefeito eleito de São Paulo
    Autor: Rede Brasil Atual
    29/10/2012

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    Eleito ontem (28) prefeito de São Paulo, o petista Fernando Haddad tem pouco tempo para arrumar a casa e iniciar o trabalho, em 1º de janeiro, de quatro anos para resgatar uma cidade visivelmente caótica e deteriorada. Para além dos problemas óbvios, como transporte, moradia e educação, o ex-ministro da Educação terá de ser um político pronto para enfrentar as violações aos direitos humanos, colaborar com o resgate da verdade sobre a ditadura e garantir direitos básicos da crescente massa de imigrantes na cidade. Para dimensionar o que espera o novo titular do Executivo paulistano, a RBA ouviu pessoas relevantes em diferentes áreas e montou um painel daquilo que deverá ser concluído, ou ao menos iniciado, até 2016. Dono de um plano de governo considerado sólido, Haddad terá de se deparar com uma capital que vem de oito anos de uma administração mal avaliada e que trabalhou na restrição a uma série de direitos que provocaram revolta e sofrimento na população. Agora, precisará correr atrás do prejuízo e provar que pode dar marcha às ideias apresentadas nos três meses de campanha. Desafios de Haddad na Prefeitura de São Paulo Na área da saúde, a opinião de Mário Scheffer, especialista em saúde pública e professor do Departamento de Medicina Preventiva da USP “O sistema de saúde da capital promove muitas desigualdades e atravessa uma grave crise de confiança da população. O paulistano não confia mais na saúde e isso é algo que o próximo prefeito precisa resgatar. As regiões precisam ter redes de saúde integradas e articuladas entre si. O grande problema do sistema de saúde na cidade de São Paulo hoje é a fragmentação e a desorganização que enfrenta. A Secretaria Municipal de Saúde tem de retomar o comando da gestão municipal de saúde. A rede municipal tem hoje muitos gestores, ela foi `esquartejada`: são dez Organizações Sociais de Saúde (OSSs) à frente da administração de hospitais públicos na cidade. Essas OSs são muito heterogêneas, têm modalidades diferentes para gerir e entre elas há uma política predatória em relação a recursos humanos, ou seja, aos profissionais da saúde, porque os salários são muito diferentes, assim como as formas de contratação. O modelo das OSs cresceu rápido demais e sem planejamento. É um modelo irreversível, mas é necessário repensá-lo. É necessário questionar se as OSSs são de fato ágeis e eficientes, se resolveram a questão da contratação de recursos humanos, porque continuam faltando médicos na rede municipal e os usuários não estão mais satisfeitos. Além disso, é importante que a participação da comunidade na saúde seja retomada. A fiscalização dos serviços de saúde se dá de forma muito mais fácil quando há conselhos compostos também pela comunidade, além dos médicos e órgãos administradores” Na reportagem da RBA, opiniões sobre o desafio em outras áreas. Sarah Fernandes, Estevan Muniz e Júlia Rabahie Rede Brasil Atual www.redebrasilatual.com.br/temas/politica/2012/10/fernando-haddad-17-desafios-para-o-prefeito-eleito-de-sao-paulo/view









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edna soares santana 29/10/2012
Com relação a ireverssibilidade das OSs, penso diferentemente do autor/es: pois para mim só a morte é irreversivel e " Mada deve parecer impossível de mudar" (b.Brecht)