Em defesa do Iamspe
Autor: Carlos Neder
20/03/2013
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O SR. CARLOS NEDER - PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, temos defendido desta tribuna uma mudança de comportamento do Governo do Estado de São Paulo no que diz respeito aos servidores públicos estaduais, que já não têm o reconhecimento que deveriam do ponto de vista das suas condições de trabalho e salariais. É preciso reconhecer que o servidor público estadual vem adoecendo, inclusive os servidores da Secretaria da Saúde. Nós poderíamos imaginar que o servidor da Saúde estivesse saudável para poder atender adequadamente à população, mas não é o que se observa. Um contingente crescente de servidores públicos, inclusive da área da Saúde, vem adoecendo em decorrência das más condições de trabalho, da má remuneração, da tensão, do assédio moral, e também da falta de uma perspectiva de ascensão funcional na rede pública estadual. Exemplo disso é o que nós observamos no Hospital do Servidor Público Estadual. São filas enormes, instalações inadequadas, investimentos que não condizem com a situação dos trabalhadores e uma demanda que é crescente, na medida em que o processo de descentralização do atendimento do Hospital do Servidor Público Estadual não foi mantido como deveria.
Se nós analisarmos os investimentos feitos no âmbito do Estado de São Paulo, vamos observar que no ano de 2012 foram empenhados 831 milhões para serem gastos no Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual, e, essencialmente, gastos feitos no Hospital do Servidor Público Estadual que, de longe, é a dotação mais importante dentro do Iamspe. Já em 2013, até o dia 12 de março, temos a perspectiva de gastos da ordem de 324 milhões empenhados, de um total de 820 milhões orçados.
Portanto, quando nós analisamos as receitas do Iamspe, do Hospital do Servidor Público Estadual, o que constatamos? Analisando o período de 2009 até fevereiro de 2013, os recursos próprios - basicamente provenientes da contribuição dos servidores - foram de 2,732 bilhões de reais. E a participação do Tesouro estadual, do Governo do Estado, no mesmo período de 2009 a 2013, foi de apenas 434 milhões de reais. Há, portanto, uma dívida do Tesouro Estadual em relação ao financiamento do Iamspe, do Hospital do Servidor Público Estadual, da ordem de 2,3 bilhões de reais.
Qual é o parâmetro utilizado para este cálculo? É a defesa que as entidades sindicais, os trabalhadores e a Comissão Consultiva Mista do Iamspe vêm fazendo nesses anos de participação paritária entre os trabalhadores e o Governo do Estado no financiamento do Iamspe, do Hospital do Servidor Estadual, e também dos Ceamas que são os Centros de Assistência Médico-Ambulatorial.
É bem verdade que diversas bancadas parlamentares têm defendido na Assembleia Legislativa que haja uma mudança no momento de votação da LDO e da Lei Orçamentária Anual para obrigar aquilo que o Poder Executivo não está fazendo por vontade própria. O ideal seria que o próprio Governo do Estado se convencesse da necessidade de contribuir, de modo paritário, com os trabalhadores no financiamento do Iamspe. Quando nós analisamos a execução orçamentária, há outro aspecto que nos chama atenção: os gastos com os Ceamas, que são os Centros de Assistência Médica descentralizados nas várias regiões do Estado, vêm caindo, enquanto os gastos com entidades terceirizadas contratadas para prestar serviços nos municípios vêm aumentando.
Assim, mais uma vez fica clara a orientação dos Governos do PSDB, assumida pela própria Administração Pública Estadual, de atuar no sentido de fragilizar a assistência médica realizada diretamente pelo Iamspe, seja no Hospital do Servidor Estadual, seja por meio das entidades descentralizadas, que são os Ceamas, enquanto aumentam os gastos por meio de contratos firmados com empresas terceirizadas. E, quando nós vamos analisar esses contratos, observamos que os hospitais filantrópicos, as Santas Casas, vêm perdendo terreno para outras entidades de cunho lucrativo que, contratadas pelo Poder Público, vêm progressivamente assumindo a responsabilidade pelo atendimento ao servidor e aos seus dependentes.
Sr. Presidente e Srs. Deputados, nós precisamos pautar nesta Assembleia o debate da questão do adoecimento progressivo dos servidores públicos, inclusive dos da área da Saúde, do não investimento adequado no Hospital do Servidor Público Estadual e do abandono da política de descentralização e sua substituição pela privatização da assistência no âmbito da gestão pública estadual.
Muito obrigado.
Ao clicar em enviar estou ciente e assumo a responsabilidade em NÃO ofender, discriminar, difamar ou qualquer outro assunto do gênero nos meus comentários no site do SindSaúde-SP.
alvaro braga marçal de oliveira |
20/03/2013 |
É isto ai Carlos Corrêa ,temos que voltar ,para quando lutamos contra a Revolução de 1964 e o AI V .Ganhamos . Agora é hora de lutar contra este desgoverno do psdb em SP que paga mal os servidores principalmente os da Saude em relação a Fazenda que tem menos servidores e ganham mal tambem,somente os Gorilas do poder é que ganhanhar super salarios. Sempre propus encarar o serviço publico como um bico que paga alguma gorgeta miseravel pelo serviço dos servidores tão desvalorizado. Não lutem pelas politicas publicas furadas ,pois pois é para aparecer picaretas como o Chalita...ou os politicos que só acharcam o erário publico para se reelegerem as tuas custas pobre e mal pago servidor formiguinha. Servidores mal pagos fassamos como nossos irmãos Arabes no Oriente que destronaram o feudo que dominava o pais e levava a população a misereia. Se é só para alguns receberem bem e viverem bem destruamos o Estado picareta que só beneficia a cupula politica.
Servidores Unidos pela Internet não votam em governo que só os prejudica....
No Brasil até hoje não temos censura.publique e repassem para todos os servidores que ganham mal como você que esta lendo....
SUELY REGINA DE OLIVEIRA |
20/03/2013 |
Prezado Deputado Carlos Neder, até que enfim um deputado se manifesta a favor do funcionalismo público, enquanto sobra dinheiro para as terceirizações, vimos nossos colegas morrendo dentro dos Hospitais Gerais por falta de médicos a exemplo o Sr. Esmeraldo motorista, que passou mal no Hospital Geral de Taipas e por falta de atendimento foi para o Hospital de Pirituba o qual veio a óbito pela demora. É imperdoável esta situação, precisamos de governantes que realmente se preocupem com a população.
Maria Angela Froes |
20/03/2013 |
Concordo plenamente com o Sr.Depugtado , e espero que o sr. brigue por nós , pois estamos sem voz ativa na Assembleia .Todos esquecem quetambém são func.do Estado, e somos tbém a população que vota, sofre e que ninguém quer olhar ou cuidar!
Ei... Vocês!
Precisamos é ir pra rua.
Somos uma categoria de 70.000 (Setenta mil) funcionários, não é possível que em atividades do sindicato somente compareçam 200 (duzentos) ou 300 (trezentos) “gatos pingados". O coeficiente mínimo para representação de uma categoria é 10% (dez por cento), e quanto é dez por cento de 70.000 (setenta mil)?
Portanto, você que estão aí enchendo o site de criticas ao SINDICATO, tirem as bundas das cadeiras e vamos PARAR. Precisamos dessa GREVE. É agora ou nunca... Depois, não adianta ficar reclamando do sindicato... Os grandes responsáveis pelo SUCESSO OU FRACASSO, somos todos nós, na nossa falta de MOBILIDADE. Aí, fica fácil pra o governo "walkman" deitar e rolar em cima de nós. Cheirei lacrimogênio na rua. Apanhei de policia... Corri feito ladrão muito, pra agora ver essa “choradeira” na internet. NÃO ME CONFORMO COM ISSO. Sabemos que existem falhas no SINDICATO, mas temos que “lavar nossa roupa suja na nossa casa”. Não ficando dando motivos ou “brechas” pra esse governo nos atingir... E como ele tem nos atingido (Ponto, progressão, terceirização, assédio moral, sexual e outras “coisitas” mais).
Observem só:
FUNCIONARIOS DA FAZENDA = 7.000 (SETE MIL)
FUNCIONARIOS DA SAÚDE = 70.000 (SETENTA MIL)
VALOR DAS DUAS FOLHAS DE PAGAMENTO: IGUAIS
O que Precisamos é CRIAR VERGONHA NA CARA e fazer a representatividade dessa categoria valer. Não com 200 (duzentos) ou 300 (trezentos), mas, no mínimo com 7.000 (sete mil) nas ruas. Aí sim, arrancaremos desse (Des) governo tudo o que ele nos ROUBOU esse tempo todo.
VAMOS PESSOAL... VERGONHA NA CARA E CORAGEM. GREVE JÁ!!!