Pérola aos porcos
Sindicato unido e forte
desde 1989


    Pérola aos porcos
    Autor: SINDSAÚDE-SP
    21/05/2013

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    Pérola aos Porcos A greve na Saúde de SP hoje completa 20 dias. Grande parte do desconforto do Governo de São Paulo com essa greve se dá porque um Centro de Referência, até então jóia da coroa, da administração tucana no Estado, aderiu! - A História de uma Pérola. O Hospital Pérola Byngton, nasce como dedicação a uma filantropa filha de estadunidenses que trabalhou primeiro em uma seção da Cruz Vermelha. De volta ao Brasil comandou uma campanha de combate à mortalidade infantil denominada “Cruzada Pró Infância”, que exerceu como sacerdócio por 33 anos. Tendo sido condecorada com várias comendas ao mérito. Essa mulher chamava-se Pérola Ellis Byington – 03/12/1879 – 06/11/1963). Em 1959 ela inaugurou o Hospital Infantil e Maternidade da Cruzada Pró-infância. O antigo Hospital da Cruzada, que depois da morte de sua fundadora, recebeu o nome de Hospital Pérola Byington em sua homenagem, é hoje o Centro de Referência da Saúde da Mulher, que é administrado pela Secretária de Estado da Saúde. Especializado em tratamentos de alta complexidade, o complexo hospitalar CRSM-Pérola Byngton trata de todo tipo de câncer ginecológico, atendimento a violência sexual, bem como reprodução assistida, tendo participado inclusive do Projeto Genoma. - Da Pérola à Ostra A partidarização desse hospital, ironicamente veio daquele que mais impulsionou essa estrutura. O Professor José Aristodemo Pinotti (20/12/34 – 01/07/200), a partir de sua gestão como Secretário da Saúde. De lá pra cá, com a ascensão do tucanato em São Paulo, o hospital se tornou verdadeiro palanque junto à pasta da Saúde, verdadeira vitrine de inovações e excelência hospitalar. Onde pavões e aves de rapina fazem constantemente ninho. - A Semana das “Pérolas” (ou Cabeças de Ostras) Em todos os momentos nos últimos 12 anos, onde uma greve se insurgiu na Saúde, o Pérola funcionou como lastro e fiel da balança. Ora como baliza para os processos privatizantes do PSDB (seus laboratórios terceirizados que o digam), ora como sinal amarelo da força de mobilização dos servidores públicos da Saúde. Não é à toa que a grande mídia voltou suas armas para a mobilização atual. A partir da semana passada, a velha mídia, com investida pesada e como sempre com lado, começou processo de desconstrução do movimento, restringindo (pela fala do Secr. de Saúde) a apenas esse Centro. Sua articulação começou quarta feira (15/05). Depois que o gestor substituto, Dr.º André Luiz Malavasi veio a púbico, incitando a população a enfrentar os grevistas, para que forçassem a passagem por entre eles. Das duas reportagens que me dispus a dar para a Record e a Globo , nenhuma foi ao ar, bem como a do presidente do Sindisaude. A fala do gestor, no entanto, foi na íntegra e ao vivo. Ao longo da semana, se alternaram a versões do governo: “- Não, não há greve.” “- Sim, há greve, mas são apenas 5 unidades.” Ora uma, ora outra. Ignorando o fato de assembléia anterior, na Quadra dos Bancários, ter reunido 2.000 pessoas entre técnicos e administrativos, bem como provas fotográficas, no site do Sindisaúde, da adesão de mais de 30 unidades pelo Estado afora. Usaram, abusaram, mas não e nem de longe cansaram do argumento: “- Não, não há problemas, isso é pontual.” Ou (o que é mais freqüente): “- Essa mobilização é política.” Como sempre o jeito tucano de governar usa desses mantras! Mas é claro que é política! O que fazemos da porta para fora de casa não é? Quiçá inclusive não fosse da porta pra dentro. Bem... Se por um lado a negação do movimento e a assertiva de que os servidores são insanos por reivindicar um "aumento" de 32,2%, já que na fala do Secretário, “isso é inviável, com uma economia estável e com baixo crescimento” ou o aumento do ticket com a ladainha de que “no último aumento foi reajustado em 100%”. Por outro, "esquecem" de dizer à sociedade a informação de que a porcentagem é calculada pelo DIEESE e se refere à perdas inflacionárias dos últimos 5 anos. É apenas reposição meu povo! Sim! Porque o próprio governo que instituiu a data base para a Saúde, não cumpre a lei que criou, ademais os 100% alardeados acima fizeram a alimentação dos escra... Digo, funcionários, passar de R$ 4 para R$ 8,00/dia. 100% esses que demoraram meros 12 anos congelados. Na assembléia da categoria sexta feira (17/05), no frio e na garoa, reunidos à frente do símbolo executivo e republicano desse Estado, o Palácio dos Bandeirantes, que naquele momento me parecia apenas uma casa grande, a comissão dos esquecidos e famintos é recebida por assessoria do governador. Nada feliz notícia que a contraproposta do governo é 0. De brinde a noite, a Rádio Bandeirantes, atuando como verdadeiro partido político, no ar, instrui o gestor substituto a cortar o mais rapidamente possível o ponto dos funcionários e exige que ele chame a polícia para os trabalhadores. Em tempo: O mote da campanha salarial do Sindisaúde desse ano é: “Basta Governador, A Saúde por um Fio!” Só não imaginávamos que o tal fio, era o da antena... - Fábio Luís dos Santos Oficial Administrativo da Saúde e Delegado Sindical de Base do Pérola Byngton









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Fábio Luís dos Santos 21/05/2013
Só tenho a agradecer, primeiramente a D´us que me dá saúde para o combate. Depois a todos os que me escolheram como representante. O texto surgiu por uma necessidade. Uma indignação de nossa voz não encontrar eco. Dependesse da mídia, não teríamos direito de defesa. Seríamos massacrados. Foi a forma que arranjei. O espaço que cavei. Obrigado a vocês também que leram o texto e o repercutiram. Sem vocês não sou NADA e o que postei seriam só mais palavras num deserto.

bruno Aloisio resta 21/05/2013
Parabéns Fabio.Gostei de sua coragem. Clara e sucinta >> resumiu em poucas palavras o que todos queriam dizer. Esse nosso governador , e outros Governadores , desde a era Covas, tem deixados nós da saúde , à mingua.Qualquer Funcionário de Prefeitura até o Gov. Federal recebe, praticamente o dobro do que a gente. Olhe que sou 1 mero Dentista que Carregou o piano durante 33 anos em postos de Saude e Escolas pública da vida , tudo sob o jugo de Diretores escolares e após a famigerada Municipalização sob jugo de profissionais da Prefeitura, que diziam que a gente éramos Vagabundos e preguiçosos. Chega vamos lutar até o fim. Temos Orgulhos de sua corajosa explanação. Parabéns.

Celia Ribeiro da Silva 21/05/2013
PARABÉNS, PARABÉNS, E PARABÉNS. Ha muito tempo não vejo um belo texto, ou melhor, uma historia tao bem contada e situada em seu tempo real.

SUELY REGINA DE OLIVEIRA 21/05/2013
O Governo do Estado de São Paulo a cada dia mostra sua indiferença pelo serviço público, principalmente a saúde que já anda tão doente. Quando o secretário da saúde, coloca a culpa nos funcionários pelo péssimo atendimento, é um verdadeiro absurdo.Ele quer demonstrar que todos são bem pagos e não querem trabalhar. todos nós pedimos Socorrrrooooooo!!! Precisamos ser ouvidos.

maria 21/05/2013
Também quero colocar, que a mídia comenta mas não explica nada, será que esses reporteres não têm familiares que usam a Saúde Pública ,que não sentem na pele o caus que vivemos . Nós também somos usuários deste serviço e sentimos sua precariedade .Mostrem valores,holleriths.Ex.Médico , Secretários , etc ,qual o número de atendimento de cada um deles !!!Ser[á que da para comparar...

maria 21/05/2013
Fico feliz pela sua colocação neste texto, poís dependemos de H.P.como o Pérola ,que são de grande porte , e como bem descreveu" menina dos olhos" do Governo, para dar força e teor as reivindicações do Trabalhadores da Saúde .