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    Cremesp: Fiscalização em PSs
    Autor: Cremesp
    05/06/2013

    Crédito Imagem:

    A maioria dos médicos que atende nos prontos-socorros (PSs) paulistas não está satisfeita com a condição de trabalho na unidade onde atua. Esta foi uma das constatações da vistoria do Cremesp em 71 prontos-socorros (PSs) do Estado de São Paulo, entre fevereiro e abril de 2013, divulgado na última terça-feira, 4/06. Em boa parte dos prontos-socorros selecionados, que inclui os maiores de São Paulo e representa quase 10% do total de serviços urgência e emergência no Estado, as condições de trabalho são precárias. Falta de materiais, salas de emergência inadequadas e dificuldades para encaminhar casos para serviços que atendam maior complexidade foram alguns dos problemas apurados, e que colocam em risco a vida pacientes e o trabalho de médicos. O levantamento, que vistoriou 23 PSs da Capital e 48 do Interior, Litoral e Grande São Paulo, priorizou a avaliação das condições de trabalho dos médicos e de atendimento dos pacientes. Em cada unidade, os profissionais que estavam em serviço no momento da visita foram convidados a responder um questionário de Avaliação da Condição do Médico. O preenchimento era voluntário e anônimo. No total, 109 entrevistas foram realizadas. “Constatamos o que a população e os médicos vivem na pele. Os prontos-socorros agonizam, os médicos estão insatisfeitos e os usuários têm sua saúde e vida ameaçadas. Com uma atenção primária insuficiente para atender às demandas, mais pacientes procuram os prontos-socorros que, por sua vez precisariam de equipes mais bem preparadas e equipadas para atender principalmente à grande demanda de causas externas, de acidentes de trânsito e violências, que só cresce no Estado de São Paulo”, diz Renato Azevedo Júnior, presidente do Cremesp. “Trata-se de uma inversão de prioridades. Quando não se investe na atenção primária, nas UBSs e no programa Saúde da Família; e enquanto permanece o gargalo da falta de retaguarda dos atendimentos especializados, sobrecarrega-se o serviço de urgência e emergência. É para lá que a população vai correr, porque sabe que, mesmo em condições precárias, pode encontrar algum atendimento resolutivo”, afirmou Azevedo. Entre os médicos que responderam o questionário, 63,9% são homens. Cerca de 35% têm 45 anos ou mais de idade. No universo analisado, 44,8% estão no local há menos de três anos. Cerca de 70% deles têm dois ou três empregos e um quinto do grupo faz mais de 48 horas semanais de plantão. Mais de 40% não fizeram curso de capacitação em urgência e emergência nos últimos dois anos. Equipes médicas incompletas Dos 71 prontos-socorros inspecionados, 41 estavam com a equipe médica de plantão incompleta, o equivalente a 57,7%. Outros 42,3%, ou 30 unidades do total, tinham o plantão preenchido nas 24 horas. Resolução CFM nº 1451, de 1995, estabelece que a equipe mínima de um pronto-socorro deve contar com profissionais das áreas de Anestesiologia, Clínica Médica, Pediatria, Cirurgia Geral e Ortopedia. A presença da especialidade de Ginecologia e Obstetrícia também foi considerada nessa pesquisa. Vale lembrar que, além da equipe mínima estabelecida por resolução, o plantão de cada PS é definido pelo órgão gestor, de acordo com seu porte e características, como demanda, área de abrangência e especialidades de referência. A ausência de profissionais não se refere a eventuais faltas no dia da vistoria, mas sim ao quadro de médicos – preenchido ou não – do plantão em questão. Quase todos os diretores ouvidos atribuíram a falta de profissionais a dificuldades de contratação. Entre elas, a mais citada foi o “nível salarial não atrativo”, observado por 74,5% dos diretores de unidade, seguido pelo excesso de demanda (citado por 46,2%), pela equipe médica insuficiente (29,4%), além de “dificuldade de acesso” (13,6%) e “local inseguro” (11,5%). Serviços vistoriados Do total de serviços inspecionados, 30 deles (42,2%) são públicos municipais, administrados por prefeituras; 22 (ou 31,0%) são filantrópicos, geralmente Santas Casas; 16 deles (ou 22,5%) são de natureza pública estadual, administrados pelo governo estadual; e três (4,3%) são serviços privados contratados, conveniados ao SUS. No conjunto, 57 deles (ou 80,3%) estão sob administração direta do município, Estado ou instituição filantrópica. Os outros 19,7% – 14 deles, no total – são geridos por Organizações Sociais (OSs), por meio de contrato de gestão do governo estadual ou municipal com a organização. Os resultados das vistorias foram apresentados em coletiva à imprensa pelo presidente do Cremesp, Renato Azevedo Júnior; junto com o primeiro-secretário, Bráulio Luna Filho e conselheiro Renato Françoso (que também é representante de São Paulo no Conselho Federal de Medicina). Cremesp www.cremesp.org.br/?siteAcao=NoticiasC&id=2894 Confira pesquisa Cremesp
CremespProntosSocorros2.pdf










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Luiz Augusto 05/06/2013
Se os consultórios médicos estão em condições insatisfatórias, imaginem os consultórios odontológicos. Tudo está precário na saúde paulista.

Celia Ribeiro da Silva 05/06/2013
Porque o CREMESP não fiscaliza o DPME????????? onde médicos, dito peritos, interferem nas condutas de médicos assistentes, somente c/ relação a parte laborativa, sem suspender medicações dando alta simplesmente s/ a alta do medico assistente, medicações c/ restrições a dirigir, a andar sozinho, a evitar aglomerações (p/evitar crises desnecessárias/ C/o trens/metros/ônibus/feiras/lojas cheias)... Sequer modificam essas medicações, muitas delas de tarja preta. Se o paciente esta sob um bom tratamento c/ o medico assistente,`e obvio que apresentara o que se espera do tratamento: a melhora; dai a achar que esta apto a uma labuta de 40 horas de stress no trabalho tem uma distancia, ou não????? `E licito um ginecologista dar opinião (atuando/dizendo-se perito) num procedimento oftalmológico???? Espero que o CREMESP e o CFM visitem o DPME pois nunca tive noticias de concursos p/ peritos de la.