Carlos Ramiro, presente!
Autor: CUT/SP
05/09/2013
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O movimento sindical cutista perdeu um dos seus companheiros mais aguerridos na luta pelos direitos dos trabalhadores da educação - Carlos Ramiro de Castro, o Carlão da Apeoesp. Ele faleceu aos 64 anos na madrugada desta quinta (5), em sua residência na capital paulista.
Filiado ao Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) desde 1978, Carlão ingressou na rede pública de ensino em 1971 como professor de Biologia e Ciências nas cidades de São Paulo e Peruíbe.
Liderança dos professores desde o final dos anos 70, esteve à frente de muitas trincheiras em sua ampla trajetória de luta no sindicalismo, na política partidária e em conselhos como o de Políticas de Administração e Remuneração de Pessoal do Funcionalismo do Estado de São Paulo (Sinp). Foi primeiro suplente do senador Eduardo Suplicy (PT) e candidato a deputado federal.
Na Apeoesp, foi secretário geral de Organização e de Organização do Interior antes de chegar à presidência da entidade, em 2002, e ser reeleito, em 2005.
Na CUT São Paulo, ocupou as secretarias de Política Sindical, Geral e a Vice-Presidência, de onde saiu em maio de 2012 para assumir um novo desafio aos 63 anos – tornou-se assessor do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, com a missão de intermediar o diálogo junto aos movimentos social e sindical.
“Vou tentar lutar por tudo que hoje reivindicamos e queremos ver implantado na Educação desse país”, disse em entrevista concedida à época ao site da CUT/SP.
A presença de Carlão também marcou fortemente a abertura da 1ª Conferência Livre de Educação da Classe Trabalhadora, realizada pela Central, em abril último, na quadra do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região.
Sempre bem humorado mesmo diante das adversidades, ressaltou, novamente, a educação como o caminho para que o Brasil se torne um país forte e desenvolvido. “A educação é de responsabilidade de todos nós, é do povo brasileiro, não só dos trabalhadores da educação”, pontuou.
O professor será velado a partir das 17h, na sede da APEOESP, à Praça da República nº 282, no centro paulistano. Seguirá para sepultamento em sua cidade natal, Braúna, a 494 quilômetro da capital, na região de Adamantina, em local e horário a ser definido.
Carlão deixa seu legado de militante combativo e muitas conquistas, além do sentimento de tristeza e a saudade que sentiremos.
A CUT São Paulo presta suas condolências aos familiares e amigos.
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