Direções da CUT têm maioria de homens, heterossexuais e negros
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    Direções da CUT têm maioria de homens, heterossexuais e negros
    Autor: Rede Brasil Atual
    09/08/2014

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    Pesquisa aponta perfil dos sindicalistas. Uma das dificuldades identificadas refere-se à participação dos jovens

    Pesquisa feita pelo Dieese e divulgada durante a plenária nacional da CUT, que está sendo realizada em Guarulhos (SP), mostra predominância de homens (62,2%), heterossexuais (98,3%), negros (65,8%) e não jovens (89,1%) entre os dirigentes da central. O levantamento considera as instâncias nacional e estaduais, além dos ramos de atividade. Segundo a central, foram entrevistados 85% dos dirigentes.

    No recorte por gênero, de acordo com a pesquisa, 44% das entidades de base têm cotas para mulheres – dessas, 58% tem 30% de mulheres na direção e 13% já adotam o princípio da paridade (metade do cargos para homens e metade para mulheres). A partir do ano que vem, conforme decisão do congresso de 2012, a paridade será adotada em toda a central.

    Para a secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Rosane Silva, a preocupação da entidade é discutir não apenas assuntos relacionados ao mundo do trabalho, mas à presença da mulher na sociedade. "A CUT, por exemplo, foi a primeira a discutir a questão do aborto, antes de várias entidades. E lutar pela descriminalização do aborto é deliberação da CUT desde 1991. No último congresso, tivemos o debate da paridade, valendo para 2015. Estamos avançando", avalia.

    A secretária de Combate ao Racismo da entidade, Maria Júlia Nogueira, diz que, apesar da maioria de negros, ainda há dificuldade para implementar políticas antidiscriminatórias. "Precisamos fazer com que o combate ao preconceito não seja uma tarefa apenas da secretaria. A política precisa ser do conjunto da direção e dos militantes da CUT."

    Outra dificuldade apontada pela pesquisa se refere à participação dos jovens. Os dirigentes com até 35 anos representam apenas 10,9% do total. A maior parte (73,4%) se concentra na faixa de 40 a 59 anos. Segundo a central, entre as principais dificuldades citadas pelos entrevistados estão falta de interesse dos jovens em participar do sindicato (41,5%), falta de interesse da entidade (35,3%) e falta de representatividade dos jovens na categoria (16,8%).

    A 14ª plenária da CUT vai até amanhã (1º). Na tarde de hoje, os sindicalistas receberão a presidenta Dilma Rousseff.

    Com informações da CUT

    Rede Brasil Atual www.redebrasilatual.com.br










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